A diretoria da Cooperativa dos Anestesiologistas de Alagoas confirmou na última sexta (31) a suspensão de todos os atendimentos eletivos pelo SUS, inclusive de Ginecologia e Obstetrícia, na próxima quinta-feira, dia seis de fevereiro. Os especialistas exigem que a Secretaria Municipal de Saúde honre o acordo sobre honorários feito com a Cooperativa em 2012. Na época, as negociações entre as partes foram mediadas pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
Desde agosto do ano passado, a SMS deixou de honrar o pagamento dos anestesiologistas. O acordo nunca foi homologado, até então, o pagamento estava sendo feito de acordo com o que havia sido negociado. Apesar da mobilização dos especialistas e das tentativas de diálogo com o gestor, nenhuma providência para regularizar a situação foi tomada. Isso levou á decisão de paralisação dos serviços no próximo dia seis, quando todas as cirurgias eletivas deverão ser suspensas por falta de anestesistas.
Caso até lá a SMS não chame a Coopanest para conversar sobre a retomada do acordo e o pagamento de todos os atrasados, a paralisação se estenderá por tempo indeterminado, já a partir da sexta-feira, dia sete de fevereiro. Nas últimas semanas, os especialistas têm discutido a validade de manter o acordo, ou devem exigir do SUS a CBHPM plena. O acordo que a categoria aceitou em 2012 não era o melhor, mas foi uma forma de garantir uma remuneração minimamente decente e manter os atendimentos, evitando maiores prejuízos à população.
Mesmo não estando 100% satisfeitos, os anestesiologistas vinham cumprindo sua parte no acordo até que a SMS, simplesmente, deixou de honrar seu compromisso. De agosto do ano passado para cá, a situação tornou-se insustentável. A paralisação de advertência da próxima quinta-feira é o aviso final para que a SMS regularize a situação, antes que o SUS em Maceió perca definitivamente todos os anestesistas. A mobilização em Maceió tem o apoio da Federação Brasileira das Cooperativas de Anestesiologistas (Febracan).
Coluna do SINMED-AL