O fechamento da Maternidade Escola Santa Mônica para reforma fez com que toda a sua demanda fosse transferida para a Maternidade do Hospital Universitário da Ufal. Ocorre que a maternidade do HU não tem estrutura para suportar toda essa demanda: faltam, por exemplo, leitos de UTI para internação das gestantes de alto risco e, de um modo geral, toda a estrutura necessária para dar suporte à atual procura por atendimento. Em breve, deve entrar em colapso por não ter condições de atender mais ninguém.
Os corredores já estão superlotados de pacientes – situação que preocupa os médicos, que fizeram várias denúncias ao Sinmed. Por conta das denúncias, o Sindicato vai agendar uma visita ao local na semana que inicia, em conjunto com o Cremal, para checar como está a situação. De antemão, o Sinmed expõe sua preocupação com a reforma na Santa Mônica, que dificilmente vai durar apenas os seis meses inicialmente previstos.
Isto porque, a falta de manutenção das instalações da maternidade estadual ao longo de vários anos provocou desgastes que implicarão muito mais que uma simples reforma. Além disso, em se tratando de obras públicas, tudo é muito mais demorado. O II Centro de Saúde de Maceió, por exemplo, passou por uma reforma que durou mais de quatro anos.
O Sinmed reconhece os esforços do secretário Jorge Villas-Bôas, mas parece que a solução encontrada para dar suporte à demanda da Santa Mônica foi infeliz. Pior ainda é constatar que a Santa Mônica tinha mesmo que fechar as portas, tal o estado de deterioração a que chegaram suas instalações. Certamente, seis meses é um prazo otimista.