Os médicos que atuam no PSF em Maceió estão se queixando da falta de estrutura de trabalho nos postos em que atendem às comunidades beneficiadas pelo programa. Falta tudo, desde material básico de trabalho até uma rede de referenciamento para encaminhar pacientes que precisem de exames e tratamentos especializados. Na semana passada, profissionais que atuam no PSF do Graciliano Ramos realizaram um protesto.
“Nos últimos 12 anos, houve um desmonte proposital da saúde. Alagoas perdeu mais de dois mil leitos públicos; no Brasil, a perda de leitos supera a casa dos 40 mil. Para fazer política com a saúde do povo, o governo importou profissionais sem qualificação, enquanto manteve a mesma estrutura precária de trabalho, que continua se deteriorando”, lamentou o presidente do Sinmed, Wellington Galvão.
Na capital, ele ainda aponta mais um motivo para o desestímulo da classe médica: o descumprimento, desde o início da atual gestão, do PCCV da categoria. “Acho que vamos ter que esperar acabar o mandato do atual prefeito, para que se volte a ter alguma perspectiva de melhoria na saúde pública de Maceió”, concluiu.