Mais dois cubanos desistiram do programa federal Mais Médicos, segundo informações da Associação Médica Brasileira (AMB). Eles deixaram a cidade em que trabalhavam, no Estado do Pará, e procuraram a entidade nesta segunda-feira, 2, para denunciar “condições de trabalho análogas à escravidão”.
Os dois profissionais deverão detalhar nesta terça-feira, 3, em entrevista para jornalistas, as más condições de trabalho pelas quais passavam nas unidades de saúde onde trabalhavam.
Com as duas novas desistências, são nove cubanos que abandonaram o programa. O Ministério da Saúde informou que não comentaria as desistências antes de ter mais detalhes sobre o caso. Disse apenas que a parceria com o governo cubano prevê a reposição do profissional em todos os casos de abandono ou desistência.
Desde fevereiro, a AMB mantém o Programa de Apoio ao Médico Estrangeiro, criado para dar suporte aos profissionais que queiram deixar o programa ou denunciar irregularidades. Primeira médica a abandonar o Mais Médicos, em fevereiro, a cubana Ramona Rodriguez tornou-se funcionária da entidade, mas decidiu mudar-se para os Estados Unidos no início de abril.
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