Cuba oferece aos EUA porto de Mariel que foi erguido com recursos do povo brasileiro via BNDES |
Raúl recebe presidente da Câmara do Comércio dos Estados Unidos
O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, recebeu na tarde da quinta-feira, 29 de maio, o sr, Thomas J. Donohue, presidente da Câmara do Comércio dos Estados Unidos, o qual realiza uma visita ao nosso país liderando uma delegação integrada por altos executivos dessa organização.
Acompanharam o sr, Donohue, o sr. Steve Van Handel, presidente da Junta de Diretores da Câmara do Comércio e da companhia Amway; o sr. Marcel Smits, vice-presidente executivo e diretor financeiro da corporação Cargill e a senhora Jodi Hanson Bond, vice-presidenta para as Américas da Divisão Internacional da Câmara do Comércio.
No encontro, onde se trataram temas de interesse para ambas as nações, participaram o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, e o ministro do Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca Díaz, e a diretora-geral para os Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal.
Donohue também visitou cooperativas privadas fundadas recentemente e falou com "pequenos empresários" surgidos no calor das mudanças aplicadas pelo governo de Fidel Castro desde 2008.
Mas o empresário não quer perder a nova jóia do Caribe. Ele visitou a Zona de Desenvolvimento do Porto de Mariel, uma nova área cubana para atrair o investimento estrangeiro e é um dos projetos mais ambiciosos da América Latina.
Este porto, que há 30 anos era o caminho para os Estados Unidos de um êxodo de 125 mil cubanos, pretende ser um dos principais motores da economia nacional. É uma zona de livre importação, exportação e fabricação, e que tem a particularidade de receber embarcações de pós-panamax, que podem carregar até 9.000 contêineres e por isso não podem passar pelo Canal do Panamá . Também grandes iates e cruzeiros.
A proposta de parceria surge em meio à polêmica no Congresso sobre o investimento do governo brasileiro, com financiamento do BNDES, para a construção do porto pela Odebrecht. Mais ainda porque o Ministério do Desenvolvimento Econômico repassou R$ 240 milhões a fundo perdido para obras, na gestão de Fernando Pimentel. O contrato é sigiloso por 30 anos .
Mariel, construído pela Odebrecht, tem capacidade para operar 9 mil containers/dia e para receber os meganavios pos-Panamax. É muito superior aos portos brasileiros.