Férias após 10 meses no Brasil ( antecipadas por causa da eleição em outubro?, Legislação Trabalhista Cubana? Contrato anterior? ) , com lema "trabalho médico e luta no campo político para que o programa Mais Médicos se integre também a dinâmica social ",e com doses benevolentes de puro midiatismo, os intercambistas Wilma Zamora e Enrique Capote La O, concederam essa entrevista ao Jornal Oficial do partido Comunista Cubano,Granma, em 3 de julho de 2014.
Tradução do site GRANMA:
A necessidade de estar perto de Cuba , para estar nela, encheu o pensamento daqueles que partiram para o Brasil há um ano com o compromisso de levar a luz da saúde aos menos favorecidos do gigante sul-americano.Voltam no tempo e regressam ao país com a satisfação do dever cumprido e o desejo de desfrutar de umas férias bem merecidas, antes de retornar à sua sagrada missão de salvar vidas.
Médica Wilma Zamora. Foto: Mailín Guerrero Ocaña
Desde as primeiras horas da manhã de ontem o Aeroporto Internacional José Martí começou a receber mais de dois mil médicos cubanos que fazem parte da missão mais médicos, uma das políticas sociais mais importantes que estão sendo implementadas pelo governo da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Recentemente, a presidente falou em seu programa semanal de rádio sobre a importância desta iniciativa que tem levado especialistas para cerca de 50 milhões de compatriotas . Dos 14 462 médicos incorporados ao programa, mais de 11.000 são cubanos e todos especialistas em Medicina Geral e destacados em áreas pobres ou que não existe atenção a saúde
BRASIL, uma missão diferente
A Dra. Wilma Zamora é de San Antonio de los Baños, Artemisa, e chegou ao Brasil em agosto do ano passado, como parte do primeiro grupo de 400 médicos da brigada cubana. Com duas experiências anteriores no exterior (Guatemala e Bolívia), lembra o impacto que lhe causou nos primeiros dias no estado do Amazonas, especificamente na região indígena de São Gabriel da Cachoeira, onde ela confessa, que viveu uma das experiências profissionais e humanas mais importantes da sua vida.
"Em outras missões trabalhei com populações desfavorecidas, mas no Brasil atendo a grupos indígenas que não falam Português, e que inicialmente foi muito difícil a comunicação. A isso se soma a dificuldade de acesso aos locais onde se encontram a maioria dessas comunidades, na selva, através de rios e por longas caminhadas. "
"O trabalho realizado pela equipe cubana é único para essas populações, realizamos esse programa de cuidados primários em condições muito difíceis, mas os resultados obtidos nos satisfazem muito. Pessoas que nunca tinham visto um médico em suas vidas agradecem grandemente a nossa presença lá, especialmente o tratamento humano que recebem. Um gesto educado, uma mão sobre o ombro ou o sorriso que tranquiliza são valorizados, porque eles sabem que os médicos cubanos estão lá por eles e para eles.
"É uma experiência mútua, para mim deu-me a oportunidade de conhecer os grupos étnicos que vivem em ambientes naturais, como antes da chegada dos colonizadores europeus, e não têm verdadeira consciência da importância que para suas vidas existem cuidados médicos especializados. As populações estão muito ligadas a seus costumes e olham com desconfiança tudo que está fora de suas comunidades, mas essas barreiras foram superadas pelos médicos cubanos. Aprendemos parte de seus dialetos , costumes e idiossincrasias para realizar nossa missão de salvar vidas. "
MAIS MÉDICOS é um sucesso
Santiaguero 100 por cento, o Dr. Enrique Capote La O é a alegria da cidade de seu nascimento, mas também para seus pacientes em Macapá, capital do Estado do Amapá, localizada no extremo norte do Brasil.
Médico Enrique Capote La O. Foto: Guerreo , Maylin |
Com apenas alguns minutos em Cuba depois de um ano na região da Amazônia, disse ao Jornal Granma que o pessoal da ilha assume uma responsabilidade diária que exige compromisso total porque ao trabalho médico é somado a luta no campo político para que o programa se integre também a dinâmica social.
"Após um ano, podemos dizer que o mais Médicos é um sucesso porque a nossa presença revertemos a situação na área da saúde em áreas remotas e carentes."
As Condições clínicas que tratamos, explica ele, são variadas, mas a maioria tem em comum a falta de cuidados especializados. Há presença de muitas doenças parasitárias que não existem aqui como leishmaniose e doença de Chagas. Só conhecíamos pela literatura médica, e tratá-las nos fez crescer como profissionais.
."Também é muito comum encontrar casos de malária, lepra e doenças sexualmente transmissíveis, especialmente o HIV."
"Após a nossa chegada grupos poderosos iniciaram uma enorme guerra da mídia contra a nossa presença e pelo programa implementado pelo governo liderado pela presidente Dilma Rousseff. Mas a qualidade de nossos médicos e a natureza do trabalho que desenvolvemos tem quebrado toda campanha; a realidade tem mostrado a relevância do mais médicos, e os milhões de pessoas atendidas são a prova mais sólida dessa realidade ".
Traduzido e editado pelo Blog Alagoas real
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