O governo cubano,por tática, está entrincheirado no hermetismo, na compartimentação e nos segredos. Essa é a razão por que ainda hoje, na era da internet, e apesar de várias deserções, não é comum encontrar notícias reais para descrever o interior da missão médica cubana na Venezuela.
O tema é 'top secret'. O governo da ilha prefere esconder os problemas em vez de evitá-los com informações. Todos os dados que dizem respeito à cooperação médica é considerado "qualificado" e, portanto, permanece guardado pelos serviços especiais de Cuba e Venezuela.
Por esse motivo, há três semanas, após publicar um artigo intitulado "Em perigo missão cubana na Venezuela", os cães se assustaram, perderam a calma e com ímpeto de caçador armaram um enorme barraco. Mas, quando não encontraram o culpado pelo "vazamento de informações", eles decidiram pegar o maior líder para bode expiatório e assim não enfrentam o ruído absurdo de sua própria inépcia.
Prenderam e enviaram a Havana, um trabalhador inocente que viajou algemado,vigiado e que transportava como bagagem uma única folha de papel onde consta a acusação de espionagem; sem julgamento, mas com sentença. Essa calúnia é o trabalho de um tribunal inquisidor presidido por Roberto Gonzalez, diretor nacional da Missão Médica Cubana nesse país.
Em algum lugar eu li que ver uma injustiça e permanecer em silêncio é como cometê-la. Por isso, é meu dever esclarecer que as informações publicadas não veio de qualquer soldado raso, mas de um oficial fanfarrão que por seu elevado sentido de ganância pretende viver em um mundo além do céu.
Eu não acredito que nenhum cooperante se arrisque a quebrar a barreira da compartimentalização imposta sem ter uma fuga garantida. Algo que eu acredito que justifica a inocência do preso. Estamos em um país onde poucas pessoas nos desejam; porque apesar das nossas boas, péssimas ou segundas intenções, grande parte da população venezuelana, nos têm como meros invasores.
Mas voltando ao assunto, e com mais informações sobre esta última semana eu digo a vocês; na Segunda-feira 30 de junho, em Anzoátegui, Aragua, Bolívar, Carabobo, Lara, Miranda, Sucre e Zulia relataram que 330 colaboradores cubanos apresentaram infecções respiratórias agudas; deles, 37 na última semana. Em Nueva Esparta, Trujillo, Monagas, Yaracuy, Sucre, Miranda, Lara e Barinas, há um aumento,principalmente de colaboradores com dengue (nove, para ser exato).
Eu não sou dado aos números quando escrevo, mas às vezes, é necessário. Devo ainda acrescentar que nos estados da Amazônia, Trujillo, Nueva Esparta, Apure, Guárico, Anzoátegui, Lara, Falcón, Barinas, Delta Amacuro e Zulia, 98 cubanos foram diagnosticadas com DDA (doenças diarréicas agudas). Além disso,em Amazonas, Apure, Monagas, Guárico, Nueva Esparta, Bolivar, Vargas, Cojedes, Sucre, Mérida, Barinas e Zulia, 248 profissionais cubanos (79 médicos, 80 enfermeiros, 55 dentistas e 34 técnicos de laboratório) estão sob observação depois de sofrer algum tipo de acidente de trabalho com exposição a sangue e fluidos corporais.
A missão médica cubana na Venezuela tem sérios problemas; além da rejeição manifesta e doenças, a fuga de médicos está aumentando.
Estou sabendo que a abertura de consultórios em áreas de extrema pobreza está estagnada devido à falta de cooperação de líderes comunitários, e os estudantes nacionais relutam em participar em jornadas extras desse circo. Para piorar a situação surreal, faltam os medicamentos,incluso os básicos. Dizem que há um atraso na entrega. Isso também irei falar.
Traduzido e editado pelo Blog Alagoas real
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