Faltando menos de 50 dias para a posse do governador eleito, Renan Filho, cresce a expectativa com relação ao tratamento que será dado à saúde estadual. Em meio à classe médica, o temor é de uma reedição do que ocorre na Capital – cujo prefeito ignora a existência de uma rede pública de saúde, que precisa ser administrada para dar assistência à população.
“Existe esse temor, mas também existe uma expectativa positiva no sentido de que o futuro governador coloque na saúde um técnico competente, com capacidade administrativa, conhecimento do setor, disposição para trabalhar e, principalmente, que vá ter o apoio dele (governador) para poder trabalhar”, afirmou o presidente do SINMED, Wellington Galvão.
Para ele, se o governador pretender fazer um bom trabalho na Saúde deverá começar com a convocação de concurso público para médicos – de todas as especialidades – e para pessoal de apoio. Além disso, é necessário construir mais hospitais, abrir mais leitos – no mínimo, ele terá que reabrir os leitos que foram cortados. “A rede de atendimento precisa crescer. A população cresceu e continua crescendo, mas nos últimos anos o que vimos foi a queda no número de leitos. A rede hospitalar precisa ser ampliada e reestruturada, reaparelhada, abastecida e mantida de forma adequada”, continuou.
Sobre concurso, Wellington Galvão disse ser necessário não apenas para recompor e ampliar o quadro de médicos, mas também para acabar de vez com a precarização do trabalho médico representada pela prestação de serviços. “É uma distorção, uma anomalia, uma ilegalidade, uma condição de total desrespeito ao profissional, que precisa ser corrigida”, concluiu.