Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) |
Ações de vigilância contra a febre amarela foram discutidas nesta quinta-feira (9), durante reunião entre técnicos da vigilância em saúde e os infectologistas Celso Tavares e José Maria Constant. O encontro, que ocorreu na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no bairro Jaraguá, em Maceió, contou com a presença da superintendente de vigilância em saúde, Cristina Rocha.
Durante o encontro, os médicos apresentaram sugestões para fortalecer o trabalho desenvolvido pelos profissionais da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis. Isso porque, neste momento, é necessário juntar esforços e identificar estratégias voltadas ao enfrentamento da situação específica da febre amarela que, atualmente, mostra uma preocupação maior para gestores e técnicos da área de saúde pública.
Para Celso Tavares, a probabilidade de a doença chegar a Alagoas existe, mas é muito remota. “Não há registro da doença no Estado. O importante é buscar as informações corretas, especialmente sobre a vacinação, que deve ser aplicada somente quando o usuário for se deslocar para áreas em que comprovadamente haja risco de infecção. O pânico não é justificado”, destacou o especialista.
De acordo com José Maria Constant, também membro do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), a febre amarela que está sendo registrada no Brasil, neste momento, ocorre dentro do ciclo silvestre da doença, acontecendo em áreas onde há mosquitos e primatas infectados. “Ao entrar no habitat desses animais, para turismo ou a trabalho, as pessoas não vacinadas, acabam se expondo à doença”, explicou o médico.
José Maria destacou, ainda, que a forma urbana da febre amarela não acontece no Brasil desde 1942. “Nos últimos 75 anos a febre amarela urbana não foi identificada em todo território nacional. É importante que as pessoas não se deixem levar pelo medo e sigam as orientações dos órgãos de saúde”, reforçou.
Já a superintendente de vigilância em saúde da Sesau, Cristina Rocha, reforçou a importância da manutenção da vigilância em relação às pessoas que atendam aos critérios de suspeição da doença. “Profissionais de saúde devem estar atentos a esses critérios para notificação dos casos suspeitos, de modo a permitir a investigação e a identificação de vínculos com a doença, conforme diretrizes do Ministério da Saúde, inclusive em relação à vacinação”.
Para Danielle Castanha, gerente de vigilância e controle das doenças transmissíveis, “e necessário que a população mantenha sua atenção na identificação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, pois na área urbana esse mosquito também transmite a febre amarela”, salientou.
Fonte: saude.al.gov.br.