Erradicação do Aedes aegypti: febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968) |
Onze países e territórios das Américas, inclusive o Brasil, foram declarados oficialmente livres do mosquito Aedes aegypti durante a XV Conferência Sanitária Pan-Americana, realizada em Porto Rico no ano de 1958. Este evento faz parte de um importante capítulo da história da saúde que nos conta o autor deste livro, ao analisar o período compreendido entre 1918 e 1968.
Em 1918 tinha início a Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela, conduzida pela Fundação Rockefeller. Em 1968 terminava a Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti, lançada em 1947 sob os auspícios da Organização Sanitária Pan-Americana (OSP), hoje conhecida pelo nome de Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A segunda campanha dava continuidade à primeira, mas em um contexto internacional renovado. Estava sendo construído "um novo padrão de relacionamento das organizações internacionais e do governo norte-americano com os países da América Latina, especialmente o Brasil, com maior preponderância destes". Se, nas primeiras décadas do século XX, as repúblicas americanas mantinham poucos contatos diplomáticos e quase nenhum diálogo em áreas como política e economia, elas começaram a estreitar suas relações no âmbito da cooperação em saúde. Portanto, a reformulação da campanha e seu relançamento "resultaram de uma articulação inédita das repúblicas americanas para combater conjuntamente um problema sanitário que afetava todas elas", afirma Rodrigo Cesar.
Sumário:
Prefácio
Apresentação
Introdução
1. A Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela da Fundação Rockefeller e as Origens da Saúde Internacional
2. Fred Soper e a Reorganização da Campanha Mundial de Erradicação da Febre Amarela da Fundação Rockefeller nos Anos 1930
3. Cooperação Sanitária Latino-Americana e as Origens da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti
4. Da América do Sul aos Campos de Batalha na Europa: novas campanhas, novas instituições e a reabilitação do conceito de erradicação
5. O Novo Cenário Internacional no Pós-Segunda Guerra Mundial e o Lançamento da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti
6. A “Era Soper de Erradicação” e o Apogeu da Campanha Continental para a Erradicação do Aedes aegypti
7. A Guerra Fria Chega às Américas: origens, controvérsias e consequências do Programa de Erradicação do Aedes aegypti dos Estados Unidos
Conclusão: saúde internacional, erradicação de Aedes aegypti e o fortalecimento das relações interamericanas
Imagens
Notas
Fontes e referências
Sobre o autor:
Rodrigo Cesar da Silva Magalhães é historiador, doutor em história das ciências e da saúde pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz); professor do Colégio Pedro II.
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