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Ciclo de transmissão de febre amarela |
O Brasil atravessa seu pior surto de febre amarela silvestre. No Estado do Rio de Janeiro, três casos foram registrados em Casimiro de Abreu, onde uma pessoa morreu e duas seguem internadas. Por conta disso, a Secretaria de Estado de Saúde intensificou a vacinação contra a doença.
O que é febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, hemorrágica, transmitida pela picada de mosquitos infectados por arbovírus do gênero Flavivirus, da mesma família (Flaviviridae) dos que causam a dengue e a zika. A transmissão de pessoa para pessoa não existe. A doença tem curta duração (no máximo 10 dias), e apresenta graus diferentes de intensidade. Nas formas graves, é letal em cerca de 50% dos casos. O nome se deve ao tom amarelado causado pela icterícia (que ocorre na pele e nos olhos) em alguns pacientes.
Há dois tipos de febre amarela: a silvestre e a urbana. O que muda é o mosquito transmissor, que também é o reservatório do vírus. Na silvestre, é principalmente o Haemagogus janthinomys e, em menor escala, os do gênero Sabethes. Na forma urbana, o Aedes aegypti.
Febre amarela e macacos
Em meio à onda crescente de casos no país, há boatos de que os macacos transmitem a febre amarela aos humanos. No entanto, a doença é transmitida apenas pela picada dos mosquitos, tanto nas pessoas como nos macacos. Ou seja, eles são vítimas da enfermidade tanto quanto nós.
A febre amarela é uma doença que se mantém no ambiente, em um ciclo silvestre, e nesse processo o macaco é importante, pois serve como indicador da presença do vírus em determinada região. Por isso, a Gerência de Fauna do Inea pede à população que, caso encontre um macaco morto ou doente, comunique imediatamente às secretarias municipais de Saúde ou à Secretaria de Estado de Saúde.
Os macacos não transmitem a febre amarela. Como nós, humanos, eles apenas também são vítimas da doença.
Sintomas
A doença se manifesta de três a seis dias depois da picada pela fêmea do mosquito. Os sintomas surgem de forma abrupta, ou seja, a pessoa quase sempre começa a se sentir muito mal repentinamente.
Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos, que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina) e cansaço intenso.
Tratamento
Não existe nada específico. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente não receber assistência médica, ele pode morrer.
A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença. A vacinação é o modo mais eficiente de evitar a disseminação de surtos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 99% das pessoas vacinadas ficam imunizadas.
Vacina
A vacina é feita com um vírus atenuado e existe desde 1937, tendo sido aperfeiçoada depois. Algumas pessoas podem apresentar reações brandas, como febre. E, em casos raros, pode ocorrer uma doença semelhante à própria febre amarela. Mortes são consideradas extremamente raras.
A vacina garante a imunidade por dez anos, quando é preciso tomar uma nova dose. Após a segunda dose, não há mais necessidade de tomar uma nova vacina.
A vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco para a doença e onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (macacos). A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde. O site G1 fez um levantamento dos postos da cidade do Rio. Confira a lista aqui.
- Postos de saúde que disponibilizam a vacina no Rio:
- CMS José Messias do Carmo
- Rua Waldemar Dutra, 55 - Santo Cristo
- CMS Marcolino Candau
- Rua Laura de Araújo, 36 - Praça Onze
- CMS Salles Neto
- Praça Condessa Paulo de Frontin, 52 - Rio Comprido
- CMS Ernesto Zeferino Tibau Junior
- Avenida do Exército, 1 - São Cristóvão
- CMS Ernani Agrícola
- Rua Constante Jardim, 8 - Santa Teresa
- CMS Oswaldo Cruz
- Avenida Henrique Valadares, 151 - Centro
- CEV Dr Álvaro Aguiar
- Rua Evaristo da Veiga, 16 - Centro
- CMS Manoel Arthur Villaboim
- Praça Bom Jesus, 40 - Paquetá
- CMS Manoel José Ferreira
- Rua Silveira Martins, 161 - Catete
- CMS Dom Helder Câmara
- Rua Voluntários da Pátria, 136 - Botafogo
- CMS João Barros Barreto
- Rua Tenreiro Aranha, s/n - Copacabana
- CMS Píndaro de Carvalho Rodrigues
- Rua Padres Leonel Franca, s/n - Gávea
- Clínica da Família Rinaldo Lamare
- Avenida Niemeyer, 776 - São Conrado
- CMS Heitor Beltrão
- Rua Desembargador Izidro, 144 - Tijuca
- CMS Maria Augusta Estrela
- Rua Visconde de Santa Isabel, 56 - Vila Isabel
- CMS Américo Veloso
- Rua Gerson Ferreira, 100 - Ramos
- Clínica da Família Felippe Cardoso
- Avenida Nossa Senhora da Penha, 42 - Penha
- CMS Necker Pinto
- Estrada Rio Jequié, 482 - Zumbi
- Policlínica Rodolfo Rocco
- Estrada Adhemar Bebiano, 339 - Del Castilho
- CMS Ariadne Lopes de Menezes
- rua Engenheiro Carlos Gonçalves Pena, s/n - Engenho da Rainha
- CMS Milton Fontes Magarão
- Avenida Amaro Cavalcanti, 1387 - Engenho de Dentro
- CMS Clementino Fraga
- Rua Caiçaras, 514 - Irajá
- CMS Carmela Dutra
- Avenida dos Italianos, 480 - Rocha Miranda
- CMS Augusto Amaral Peixoto
- Rua Jornalista Hermano Requião, 447 - Guadalupe
- Clínica da Família Souza Marques
- Praça Patriarca, s/n - Madureira
- CMS Jorge Saldanha Bandeira de Mello
- Avenida Geremário Dantas, 135 - Jacarepaguá
- CMS Harvey Ribeiro de Souza Filho
- Av Guiomar Novaes, 133 - Recreio
- CF José de Souza Herdy
- Avenida Ayrton Senna, 3383 - fundos - Barra da Tijuca
- CMS Professor Masao Goto
- Av Carlos Pontes s/n - Jardim Sulacap
- CMS Waldyr Franco
- Praça Cecília Pedro, 60 - Bangu
- CMS Belizário Penna
- rua Franklin, 29 - Campo Grande
- Policlínica Lincoln de Freitas Filho
- Rua Álvaro ALberto, 601 - Santa Cruz
Contraindicações
A vacina não é recomendada para gestantes, mulheres que estejam amamentando, alérgicos a ovo e derivados, pessoas com o sistema imunológico debilitado (doenças como lúpus, câncer e HIV; doenças neurológicas de natureza desmielinizante, como Síndrome de Guillan Barré, ELA, entre outras; pacientes transplantados de medula óssea; pacientes com histórico de doença do Timo). A vacina também é contraindicada para crianças com menos de seis meses de vida e indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico e outras doenças autoimunes. Converse com seu médico para saber se você deve ou não tomar a vacina.
Doação de sangue
Desde terça-feira (21/3), quem procura o Hemorio, no Centro do Rio, para doar sangue será vacinado contra a febre amarela. Até os voluntários à doação que não passarem pela triagem clínica da unidade, pertencente à Secretaria de Estado de Saúde, receberão a dose da vacina.
A iniciativa faz parte de uma estratégia para evitar o desabastecimento de sangue em todo o Estado, já que a pessoa que se vacina contra febre amarela deve ficar quatro semanas sem doar sangue. Essas quatro semanas são necessárias para que o organismo crie anticorpos contra o vírus da febre amarela. Antes desse período, o sangue não é seguro para ser transfundido.
Quem tomou a vacina contra a febre amarela há mais de quatro semanas pode doar sangue normalmente. Quem teve a doença também, desde que esteja curado há mais de um ano.
Diariamente, o Hemorio receberá 500 doses da vacina. A unidade funciona todos os dias, das 7h às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados, na Rua Frei Caneca, n° 8, no centro do Rio.
Editado
Se copiar é obrigatório citar a fonte
Do original e o link do blog ALAGOAS REAL
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História Fonte:
http://www.inea.rj.gov.br/