A origem do vírus causador da febre amarela foi motivo de discussão e polêmica durante muito tempo, porém estudos recentes utilizando novas técnicas de biologia molecular comprovaram sua origem africana.
O primeiro relato de epidemia de uma doença semelhante à febre amarela é de um manuscrito maia de 1648 em Yucatan, México. Na Europa, a febre amarela já havia se manifestado antes dos anos 1700, mas foi em 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira epidemia, causando a morte de 2.200 pessoas. Nos séculos XVIII e XIX os Estados Unidos foram acometidos repetidas vezes por epidemias devastadoras, para onde a doença era levada através de navios procedentes das índias Ocidentais e do Caribe.
Especialistas e Febre Amarela no Brasil
Sérgio Lucena, primatólogo da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
“a desconfiança é que o próprio ser humano seja o primata dispersando o vírus em áreas urbanas e periurbanas.” Outro fator já há muito conhecido é o desmatamento generalizado no país, trazendo os mosquitos cada vez mais para as áreas urbanas e periurbanas.( Entrevista do primatólogo Sérgio Lucena da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) no jornal O Globo)
Marcia Chame, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
- “...dados indicam um conjunto de fatores para a expansão da doença. Por exemplo, um período de seca importante seguido de chuvas propícias ao aumento da população de mosquitos.” ( entrevista da bióloga Marcia Chame, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no jornal O Globo
- "É muito importante que o País entenda a necessidade de aperfeiçoar as informações, principalmente as que estão no campo. E isso só vai ser feito se as pessoas que estiverem no campo forem capacitadas e puderem fazer a vigilância no período de silêncio. Para a gente entender esse processo, senão a gente só corre na época dos surtos."( bióloga Marcia Chame, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Marcos Boulos ,coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de São Paulo
- “Quando surgiu o primeiro macaco morto na região de Campinas, São Paulo, tivemos que vacinar primeiro os profissionais de saúde para depois começar a vacinar a população, pois era uma região que nunca imaginaríamos antes que a FA chegaria Não era considerada uma área de recomendação. Neste meio tempo, algumas mortes aconteceram. Isso nos mostra que a vacina causa, de fato, um impacto muito grande na prevenção. Tem que vacinar todo mundo. Agora não temos mais dúvidas. Com isso, vamos, gradativamente, fazer toda a cobertura do estado de São Paulo”( coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de São Paulo, Marcos Boulos )
Rogério de Jesus Pedro, um dos principais infectologistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp
- “O principal temor é que o ciclo zoótico entre no meio urbano. Caso uma pessoa não vacinada que entre na área zoótica seja picada pelo Haemagogus (mosquito) contaminado, contraia a doença e depois seja picada pelo Aedes” ( Rogério de Jesus Pedro, um dos principais infectologistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
- “A forma silvestre é uma enzootia, isto é, o mesmo que uma endemia, só que entre animais. A aproximação para áreas cada vez mais próximas da habitação humana pode se dar por algum desequilíbrio ecológico” ( Rogério de Jesus Pedro, um dos principais infectologistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Pedro Tauil ( Professor da Universidade de Brasília (UnB) e um dos maiores especialistas em febre amarela do Brasil)
- Os casos registrados até o momento são silvestres. Justamente por isso, bastaria garantir a imunização nas áreas consideradas de risco e providenciar a vacinação de bloqueio em regiões próximas de epizootias (morte de macacos)
- “Isso foi usado em Angola, mas as condições eram totalmente diferentes. O país estava em meio a uma epidemia de febre amarela urbana e não havia vacina disponível."
Cláudio Maierovitch,pesquisador da Fiocruz
- “Não tem sentido vacinar indiscriminadamente áreas urbanas populosas enquanto o vírus circula nas matas”,
Reinaldo Menezes, consultor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
- "quem já teve dengue tem menos probabilidade de contrair febre amarela."
- “Embora não esteja provado nem eu tenha a certeza, acho que a gente pode falar que é muito provável que a dengue tenha protegido o Rio de Janeiro até agora contra a febre amarela e também dos eventos adversos”
- “Estudei bastante isso. Acho que o número de evidências é muito forte mostrando que dengue não evita a febre amarela, diminui muito a incidência das formas mais graves. Isso deverá proteger contra febre amarela e também deve proteger contra os eventos adversos da vacina”
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Fontes:
Internet e BLOG AR NEWS
Especialistas falam sobre Epizootias,Macacos,Surto,Epidemia,Vacinas e Mosquitos da Febre Amarela
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A aproximação para áreas cada vez mais próximas da habitação humana pode se dar por algum desequilíbrio ecológico
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