Fabiano Timbó - Poeta cordelista de Alagoas |
A Morte
Encantado com um cordel
De repetente pensei em morte
Presente na sina do homem
E se pode ser uma sorte
Do pensar uma reflexão
Percebi uma conclusão
Para a vida, este é o norte.
A morte não tem respeito
Por nenhuma autoridade
Juiz, promotor, ministro
Quem tiver notoriedade
Para qualquer ser vivente
Trata todos como gente
Imparcial será sua igualdade.
E quem pensa que viveu
Tome ai muito cuidado
Idade não põe respeito
À morte com seu cajado
Bebê, criança, adolescente
Ou velho remanescente
Uma hora será lembrado.
Se estiver sadio e passeando
Ou no leito de uma cama
A morte faz companhia
A sentença ela proclama
Leva sem pena quem quer
De jeito que estiver
Na escolha ela não se engana.
O lugar pode ser lindo
A alegria ser sonora
Leva ela qualquer sujeito
Sem demanda e sem demora
Seja um grande vencedor
Ou da vida perdedor
Ela leva a vida embora.
A certeza dessa vida
É que um dia se irá morrer
Se muito você viveu
Ou se havia para vencer
Para a morte ninguém importa
Aproveite a vida torta
Agradeça ao amanhecer.
De tudo já se tentou
Para a morte ser evitada
Reza, fé, feitiçaria
Até ciência organizada
O mapeamento genético
Até levar choque elétrico
Mas tudo resultou em nada.
Então que a sorte se tenha
E que venha a desgraçada
No momento que aprouver
Quando for na hora marcada
O desejo é que demore
Que a vida a gente explore
E pelo amor seja guiada.
Fonte:
Graduado em Medicina em 1999 e História em 2010.
Fabiano Timbó é médico e poeta cordelista de Alagoas
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