Encontro, coordenado pela vice-presidente do Simepe, Claudia Beatriz |
10 de agosto de 2017
Desabastecimento de medicamentos, ambiente sem estrutura adequada e repleto de goteiras, falta de segurança e iluminação, além da defasagem no número de profissionais são alguns dos problemas enfrentados pelos médicos que atendem aos Centros de Atenção Psicossocial (CAP’s) da cidade do Recife. Na noite desta quarta-feira (09), os profissionais reuniram-se na sede do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), localizada no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, para denunciar a situação precária a qual estão submetidos.
O encontro, coordenado pela vice-presidente do Simepe, Claudia Beatriz, teve o objetivo de acolher as demandas e necessidades dos CAP’s recifenses. As unidades que são, naturalmente, voltadas a assistência de pacientes com transtorno mental carentes de cuidados e medicamentos para fins psiquiátricos, encontram-se atualmente desabastecidas dos insumos básicos e medicamentos para atender à população, ocasionando agravamentos de quadros e altas retardadas.
Além das dificuldades enfrentadas pelos pacientes, os médicos têm que lidar com as más condições estruturais e organizacionais dos Centros, dos quais se podem listar: os problemas do modelo proposto pelo Município com relação ao Ambulatório de Psiquiatria; acesso aos serviços, de deslocamento para matriciamento, distribuição dos CAPS por território, à defasagem de profissionais suficientes para atender à população.
Parte da demanda já está contemplada na pauta reivindicatória da categoria e foi decidido na reunião solicitar reunião com a coordenação de saúde mental com psiquiatras da rede para dialogar sobre as dificuldades relacionadas ao modelo de assistência psicossocial, seus limites e possibilidades de melhoria. A vice-presidente convidou, ainda, os médicos dos CAP’S a comparecerem à AGE do Recife no próximo dia 17 de agosto, que será realizada na sede da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), às 14h.
Problemas são recorrentes na Rede de Saúde do Recife
“Diante de todos os problemas que afetam a Rede de Saúde do Recife, a saúde mental não é uma exceção. Os mesmos problemas se repetem na Rede de assistência psicossocial que envolve os CAP’s, ambulatórios de psiquiatria e todo o atendimento de saúde mental do município, que versam com as demandas já existentes nos locais de trabalho no que diz respeito às denúncias de agressões físicas e verbais e falta de abastecimento farmacêutico”, declara a vice-presidente do Simepe, Claudia Beatriz.
Fonte:
SIMEPE = Isabela Alencar