Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP identificaram compostos (moléculas) já testados e farmacologicamente ativos para outras doenças e que apresentam potencial para tratar a febre amarela. Os testes foram realizados em culturas de células humanas de fígado infectadas pelo vírus causador da doença. Os cientistas testaram 1.280 compostos e 88 deles (6,9%) reduziram a infecção em 50% ou mais. A estratégia é conhecida como “reposicionamento de fármacos” e pode encurtar em vários anos a chegada de medicamentos do laboratório até as farmácias.
Das moléculas mais promissoras, duas delas também tiveram eficácia contra o vírus da dengue. O estudo traz resultados inéditos ao localizar compostos de amplo espectro de funções farmacológicas, mas não descritos como anti-febre amarela, o que oferece uma oportunidade para a desenvolvimento de fármacos específicos para o tratamento dessa doença que se configura como um problema de saúde pública brasileira e alarma a comunidade internacional. Confira o artigo