Síria: ONU expressa “profundo alarme” com mortes em Afrin
© Unicef/UN0185401/SanadikiEm Ghouta Oriental, um homem leva uma criança dentro de uma mala em direção a Hamourieh. |
O Escritório dos Direitos Humanos das Nações Unidas confirmou, na sexta-feira, que recebeu relatos “profundamente alarmantes” de civis mortos e feridos em ataques aéreos e terrestres na cidade síria de Afrin, no noroeste.
Uma nota emitida, em Genebra, sublinha que eles são impedidos de deixar a cidade por forças curdas. Agências de notícias estimam que pelo menos 30 mil pessoas tenham fugido na área onde pelo menos 18 morreram.
Vítimas
O apelo do Escritório é que as partes em conflito “tomem todas as precauções possíveis” para evitar a perda de vidas e que os relatos de vítimas civis devem ser investigados “pronta e efetivamente”.
O Escritório defende ainda que centenas de milhares de civis estão em risco, incluindo os que foram recentemente deslocados de outras áreas capturadas por forças lideradas por turcos.
Perigos
Os relatos dão conta que apenas os civis que têm contatos com autoridades ou Forças Armadas curdas conseguiram sair da área. Mesmo assim, estes têm que seguir um caminho traiçoeiro onde estão expostos a ataques e explosivos e a pagar aos grupos armados em pontos controlados pelo governo.
A situação humanitária piora e coloca enorme pressão sobre o hospital de Afrin que é a única unidade médica equipada para grandes operações a lidar com o fluxo de feridos.
Oposição
Os problemas relatados pelas vítimas incluem grave escassez de água que é causada pela destruição de uma estação de bombeamento e o controle de recurso por forças lideradas pelos turcos. Por outro lado, combatentes da oposição no terreno teriam saqueado casas em algumas áreas abandonadas.
Entre as maiores preocupações dos civis no terreno destaca-se a segurança porque os combatentes posicionaram lança-foguetes em áreas residenciais.
O escritório revelou estar profundamente apreensivo com o alto risco enfrentado por civis isolados que podem ser mortos, feridos, perseguidos, usados como escudos humanos ou em risco de abandonar as suas casas.
O outro apelo às partes do conflito é que estas permitam a saída segura de civis de áreas onde ocorrem confrontos e seja garantida a proteção dos que permanecerem.
Apresentação: Eleutério Guevane. ONU