Parque Municipal: Mata Atlântica em plena área urbana de Maceió
A Mata Atlântica , corredor natural do vírus da Febre Amarela no Brasil
O Brasil vive, neste momento, um desastre ambiental gravíssimo: uma das maiores mortandades de primatas da história da Mata Atlântica, em função da intensa circulação do vírus da febre amarela.(SBP- Sociedade Brasileira de Primatologia)
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Febre Amarela : A doença prevenível,previsível , mas que foi negligenciada
- A Morte de macacos (PN humanos)que está ocorrendo nas grandes cidades do Brasil sinaliza a circulação do vírus(Febre Amarela) nos corredores florestais dentro de áreas urbanas
- Na postagem do Blog : Vírus da febre amarela segue o caminho das matas e não respeita mapa de vacinação , fez menção ao alerta de Maurício Nogueira Lacerda, da Sociedade Brasileira de Virologia ,que disse : " A estratégia de vacinação está seguindo mais as divisas estaduais do que os biomas "
- Em estudo realizado no ano de 2010 ,pela Academia Brasileira de Ciências do Rio de janeiro, com título, DOENÇAS NEGLIGENCIADAS,o Prof. Wanderley de Souza escreveu : "a força de transmissão da febre amarela cresce e emerge a cada ano, se dirigindo para o litoral, região mais populosa do Brasil e com baixa cobertura vacinal (~20%); "
- Na publicação realizada pelo blog intitulada : Há 16 anos epidemiologista Oswaldo Forattini alertava sobre o perigo dos mosquitos, o especialista fez inúmeras considerações sobre a banalização existente em relação a Febre Amarela no Brasil. Dentre suas observações em 1989 , havia uma recomendação para a população brasileira ser vacinada contra a febre amarela como rotina,. e mais adiante em 2001 fez dois novos alertas sobre a provável volta de doenças tropicais, especificamente na região Sudeste,com presença da temível febre amarela urbana,
- O Pesquisador Paulo Chagastelles Sabroza, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca,recentemente disse :
- "Todavia, se a epizootia dos macacos se alastrar pelas matas de galeria dos estados de São Paulo ou do Espírito Santo e chegar às matas do litoral dos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, onde vivem milhões de pessoas e grandes grupos populacionais de macacos, teremos o segundo pior cenário, que é a necessidade de vacinar em pouco tempo milhares de pessoas a fim de prevenir centenas de casos graves e mortes, podendo ainda ocorrer a eliminação completa de populações de espécies de primatas em risco de extinção. Mas o pior cenário é aquele em que ocorre a urbanização da febre amarela, quando o vetor transmite nas cidades o vírus de pessoa a pessoa com grande velocidade, efetividade e alta letalidade. Nesse caso, seria necessário vacinar milhões de pessoas em pouco tempo, com risco de muitos efeitos adversos e possibilidade de crise social. Mas é melhor nem pensar por enquanto nesse cenário caótico, principalmente quando vemos os serviços públicos sendo sistematicamente depreciados e desconstruídos. "
- Uma vez na Mata Atlântica, o vírus se espalha rapidamente, já que há uma grande quantidade de alimentos para os mosquitos - sangue de PNH ( macacos,saguis e micos)
- Toda a região de mata atlântica deveria ser vacinada - O mosquito não respeita fronteiras.
As previsões epidemiológicas realizadas pela OPAS em 2017 , estão se confirmando com o ressurgir da epidemia de Febre Amarela em 2018
Em 2017 a OPAS alertava : "As epizootias confirmadas em grandes cidades, como Vitória no Espírito Santo e Salvador na Bahia, representam um alto risco para uma mudança no ciclo de transmissão (Silvestre para Urbana - Os casos de Febre Amarela movem-se para a costa atlântica do Brasil ) "
Área de Mata Atlântica no Brasil - Vírus segue o corredor desse bioma |
Na postagem de 03 de abril de 2018, Onde a Febre Amarela se esconde em Alagoas ? , há uma breve análise e questionamentos sobre a real situação epidemiológica da FA na capital Maceió , e nos municípios do estado de Alagoas.
O primeiro caso de epizootia em Maceió ocorreu no Jardim do Horto
"A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Coordenação de Entomologia do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ Maceió), deu início, nesta quarta-feira (29 de março de 2017), ao monitoramento da área de mata do Jardim do Horto, onde foi encontrado um macaco que teve a morte confirmada como tendo sido provocada pelo vírus da febre amarela selvagem. A ação – realizada nas atividades de rotina do CCZ em toda a cidade no combate ao Aedes aegypti – foi solicitada de forma pontual naquela área pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
A confirmação da morte do macaco com o vírus da febre amarela foi feita pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (28), após o recebimento do resultado das amostras coletadas. A Sesau informou que vai procurar o Ministério da Saúde, ainda esta semana, para saber se há necessidade da adoção de medidas adicionais para o caso, além da ação de mapeamento e bloqueio da área em questão."
Na mesma nota a SMS dizia : CCZ investiga 2º macaco achado morto em área urbana de Maceió ( Distrito de Ipioca )
Em relação ao outro sagui encontrado morto em Ipioca, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informava que o corpo do animal seria encaminhado ao laboratório de referência para análise, mas preliminarmente, não havia nenhum indício para febre amarela.
Mapa |
Ipioca é um distrito de Maceió, distante 18 km do centro. Foi onde o marechal Floriano Peixoto nasceu e viveu boa parte da vida. A praia tem areia clara, coqueirais e ondas fortes
Em 28 de março de 2017 a Secretaria de Estado e Saúde de Alagoas, liberou uma nota técnica confirmando a morte de um primata não humano em Alagoas por Febre Amarela. . Após três dias da primeira nota, a SESAU em novo comunicado, revela que outros exames foram realizados e os mesmos deram negativos para a doença em questão. link
Em Alagoas, todo o caso suspeito de Febre Amarela deve ser comunicado imediatamente ao CIEVS
A MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DE ALAGOAS
“Apesar de praticamente toda costa brasileira ter sido ocupada pela colonização européia a partir da mesma época (século XVI), foi no Nordeste do Brasil que a Mata Atlântica foi mais rapidamente degradada. Dois ciclos econômicos foram fundamentais nesse processo: o do pau-brasil e o da cana-de-açúcar, o qual se estende até os dias atuais. Em 1990, restavam menos de 6% da extensão original da Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco e alguns tipos florestais,como a floresta ombrófila densa, foram reduzidos a poucas dezenas de quilômetros quadrados”.
“Grande parte das unidades de conservação de Alagoas não foi regularizada e implementada, e a fiscalização é insuficiente. Observa-se, no entanto, uma situação de grande potencialidade na conservação do bioma no Estado, com a efetivação de parcerias do governo estadual e do sistema de gestão da RBMA com o setor sucro-alcooleiro”.
Atualmente Alagoas é o Estado que concentra o maior número de Postos Avançados da RBMA, incluindo Áreas Protegidas Particulares que somam 29.000 hectares. Link
Um pedacinho de Mata Atlântica em plena Área Urbana de Maceió - Parque Municipal
O Parque Municipal de Maceió está localizado entre os bairros de Bebedouro e Tabuleiro dos Martins em Maceió, Alagoas. O parque tem 82 hectares de área e é considerado uma Unidade de Conservação e área de proteção ambiental (APA).
O Parque foi inaugurado em 1978 e hoje é considerado uma Unidade de Conservação da Mata Atlântica
O Parque possui cinco trilhas ecológicas: Trilha cidadã (1.748 m), Trilha da aventura (774 m), Trilha da paz (152 m), Trilha da mata (321 m) e Trilha pau-brasil (187 m).
Além das trilhas, o Parque tem como um dos principais pontos de visitação o Lago dos Jacarés, onde o visitante poderá encontrar alguns dos bichos que dão nome ao lago. Existem, aproximadamente, 50 jacarés no local.
Alguns animais que habitam a área de preservação: os saguis, corujas, camaleões e as preguiças. Além dos jacarés do lago.
Outros Biomas de Mata Atlântica no Estado de Alagoas
Outros Biomas de Mata Atlântica no Estado de Alagoas
"A APA do Catolé e Fernão Velho possui uma área de 5.415 hectares, onde abrange os municípios de Maceió, Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco.
A Unidade de Conservação foi criada pela Lei n°. 5.347/1992, com o objetivo de preservar as características dos ambientes naturais e ordenar a ocupação e o uso do solo. A área tem considerável importância abrangendo também remanescentes da Mata Atlântica e e detentora de um rico manancial que abastece 30% da cidade de Maceió.
O bioma predominante é o da Mata Atlântica, de ecossistemas variando da floresta ombrófila ao manguezal.
O principal rio existente dentro da APA do Catolé é o Rio Mundaú, o qual deságua na Lagoa de mesmo nome. Outro rio que ocorre é o Satuba além de alguns riachos, tais como o Riacho Carrapatinho. Destaca-se o Açude do Catolé, o qual faz parte do Sistema de Abastecimento de água de Maceió." Link
Unidades de Conservação em Alagoas |