Os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, com apoio do Ministério da Saúde, começam a realizar neste mês um cronograma de ações para intensificar a vigilância e a vacinação contra a febre amarela na Região Sul.
Brasil intensifica vigilância e vacinação contra febre amarela na Região Sul |
A medida é preventiva e busca sensibilizar as equipes de vigilância e vacinar a população a partir dos 9 meses de idade. O objetivo é que os municípios pesquisem ativamente pessoas não vacinadas antes do período de maior incidência da doença, que ocorre de dezembro a maio. Além disso, o Ministério da Saúde pretende, juntamente com estados e municípios, fortalecer a vigilância de primatas não humanos (macacos).
As ações de vacinação serão realizadas entre agosto e dezembro nos três estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Também faz parte do cronograma de ação a organização da rede de atenção à saúde, protocolos de gestão clínica e investigação epidemiológica em áreas estratégicas.
A estratégia de vacinação na Região Sul terá a faixa etária crescente do público-alvo a ser vacinado. A recomendação é que a vacinação seja estendida a pessoas com mais de 60 anos, pois estão em locais com evidência de circulação viral (epizoótica, casos humanos ou vetor infectado). Nesse caso, caberá aos serviços de saúde avaliar o risco / benefício da vacinação para esse público. Para pessoas que viajam para áreas onde a vacina é recomendada, a orientação é tomar a dose pelo menos 10 dias antes da viagem.
Neste ano, o governo federal enviou 9,9 milhões de doses da vacina contra a febre amarela em todo o país. Deste total, 5,9 milhões de doses foram destinadas à Região Sul. A vacina faz parte do calendário nacional de vacinação e está disponível em mais de 37.000 postos de vacinação no país.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de dose única, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apoiado por estudos que asseguram que uma dose seja suficiente para proteção ao longo da vida.
A detecção da circulação do vírus na Região Sul ocorreu no início deste ano, no Paraná, em janeiro; em Santa Catarina em março. Em 2019, até 31 de maio, foram confirmados 85 casos e 15 mortes pela doença no país, 14 casos e 3 óbitos na Região Sul. A maioria dos infectados são jovens adultos do sexo masculino, que vivem ou trabalham em áreas rurais.