Campanha dos Conselhos contra a violência aos médicos no local de trabalho. (Foto: CFM) |
CRM-PR leva à Pasta de Segurança questão da violência contra profissionais nos serviços de saúde
Em ofício entregue ao secretário, o presidente do Conselho destaca que “com muita e preocupante frequência recebemos narrativas de agressões físicas, agressões verbais e ameaças. É sabido o esforço em promover medidas para agilizar os atendimentos de saúde no Estado, bem como as intensas jornadas de trabalho enfrentadas pelos médicos plantonistas e demais profissionais de saúde envolvidos, como enfermeiros e auxiliares, também expostos aos quadros das eventuais irresignações de pacientes, de familiares e até de pessoas estranhas ao ambiente que desdobram para violência. Neste sentido é que se requer a análise de medidas efetivas visando ampliar o potencial de segurança aos profissionais de saúde para o fiel desempenho de suas atribuições assistenciais. O CRM-PR coloca-se à disposição para debater a questão e, ainda, compor iniciativas educativas ou conscientizadoras para elevar o potencial preventivo dos médicos e demais profissionais de saúde, o que por certo encontrará aval das demais organizações representativas.”
O CRM - PR Citou o trabalho realizado no segundo semestre do ano passado, pelo Conselho de Medicina, de Enfermagem e de Farmácia de São Paulo, o qual indicou o alcance do problema. Nada menos do que 70% dos médicos e 60% dos enfermeiros de órgãos públicos disseram que sofreram agressões do público. Em relação à violência verbal, 90% dos enfermeiros e 47% dos médicos disseram ter sido vítimas. A violência física, imposta por pacientes, familiares ou acompanhantes alcançou 21% dos enfermeiros e 18% dos médicos. As filas e a demora no atendimento os principais fatores indicados.
Roberto Yosida reforça que em meados de 2018 o Conselho Federal de Medicina deflagrou campanha institucional, com reforço dos Regionais, chamando atenção dos profissionais sobre a importância de registrar esse tipo de crime na forma de boletins de ocorrência. Ao mesmo tempo, a mobilização pediu o esforço da sociedade para aprovação de projeto de lei em trâmite no Congresso visando aumentar as penas para crimes cometidos contra médicos e demais profissionais da área de saúde no exercício da profissão. Para ele, o convívio com a violência, sob qualquer forma, é incompatível com a missão dos profissionais e dos serviços em garantir a vida e bem-estar dos pacientes.
Violência contra profissionais nos serviços de saúde - Agressões a médicos – como proceder |
Recomendações
Como proceder em caso de agressão:
Se houve ameaças:
1. Registre ocorrência na delegacia mais próxima ou online;
2. Informe, por escrito, às Diretorias Clínica e Técnica sobre o ocorrido;
3. Encaminhe o paciente a outro colega, se não for caso de urgência e emergência.
4. Informe o CRM encaminhando cópia do boletim para o e-mail para Enviar E-mail ao CREMAL
Se houve agressão física:
1. Compareça à delegacia mais próxima e registre o boletim de ocorrência (haverá necessidade de exame do corpo de delito);
2. Apresente dados dos envolvidos na agressão e de testemunhas;
3. Comunique o fato imediatamente às diretorias clínica e técnica para que seja providenciado outro médico para assumir suas atividades.
4. Informe o CRM encaminhando cópia do boletim para o e-mail Enviar E-mail ao CREMAL
IMPORTANTE:
Informar as autoridades e o CRM é requisito importante para o problema seja enfrentado com o necessário rigor e responsabilidade.
O Conselho manterá a confidencialidade das informações prestadas, exceto quando o profissional indicar interesse de que o episódio que o envolveu seja tornado público.
Fonte: CFM E CRM-PR