A caixa de Pandora da Covid-19 em Alagoas
O mito grego da caixa de Pandora (na verdade, um pithos , ou jarra) vem à mente: os deuses deram a Pandora uma jarra trancada que ela nunca deveria abrir. Impulsionada pelas fraquezas humanas, ela a abriu, liberando os infortúnios e pragas do mundo. Em Alagoas poderíamos fazer uma analogia a fase azul que misteriosamente se perpetuou liberando a população a pensar que Shangrilla não era uma história ,mas o reino encantado caetés.
Com sorte, as medidas de controle da saúde pública poderiam ter colocado os demônios de volta ao pote. Caso contrário, enfrentaríamos um desafio assustador igual ou talvez maior do que o apresentado pela pandemia de gripe de um século atrás. Infelizmente , a ganância do lucro, a fome do poder nas eleições e a amaurose voluntária na terrinha coronal, sepultou as mentes científicas .
Joshua Lederberg premiado com o Nobel, proferiu em relação as doenças infecciosas emergentes seu lamento : "É nossa inteligência versus seus genes". No momento no sepulcro Alagoano do analfabetismo cultural que dizima a empatia , os genes políticos estão nos superando.
A luta para combater os patógenos emergentes deveria não ser por partidos políticos , mas pela sobrevivência de cada um de nós!!
Mais transparência nos dados públicos, mais atuação do Fiscal das Leis , afinal esse é seu mister !!!
À medida que a doença avança no mundo, e em tela no Brasil especialmente na terrinha de Floriano deveríamos continuar lutando incessantemente em defesa da ciência, mantendo a esperança com a versão Hesíodo do mito de Pandora, na qual Pandora conseguiu impedir uma única fuga: “Somente restou a esperança ... ela permaneceu sob os lábios do frasco e não voou para longe.
Dias escuros estão porvir , ecoando lamentos pelas perdas previsíveis de uma política pública genocida!!
Por hoje é só!
Maceió, 09/01/2021
Mário Augusto