O comerciante de tecidos do século 17 que descobriu o vasto reino dos minúsculos micróbios
Van Leeuwenhoek abriu a porta para um vasto mundo nunca antes visto. J. Verolje / Wellcome Collection , CC BY |
Ampliar o mundo invisível dos microrganismos fez avançar os fundamentos da ciência e fascinou pessoas pelo mundo inteiro. Tudo começou quando um comerciante de tecidos holandês, Antoni van Leeuwenhoek, considerado o pai da microbiologia, observou bactérias pela primeira vez através de um microscópio caseiro, no século XVII. A espreitar através das suas lentes, Leeuwenhoek descreveu e, algumas vezes, desenhou à mão as delicadas formas de algas, células sanguíneas, fibras musculares e muito mais.
As capacidades dos instrumentos modernos vão muito para além dos dispositivos de Leeuwenhoek; hoje, os microscopistas têm processamentos avançados de computador, marcações fluorescentes e outras ferramentas à sua disposição – que lhes permitem examinar e captar imagens de coisas minúsculas com detalhes cada vez mais impressionantes. Porém, mais de 300 anos depois das descobertas de Leeuwenhoek, existe uma constante que permanece: a imensa beleza existente nas coisas mais ínfimas do mundo natural.
Foi esta beleza que, em 1974, levou a Nikon Instruments a reconhecer os avanços feitos na fotomicrografia – com o seu concurso Nikon Small World. Agora, no seu 45º ano, a competição atraiu mais de 2000 inscrições de cientistas de mais de 100 países, que foram reduzidas aos 20 vencedores anunciados no dia 21 de outubro.
“A microscopia permite-nos observar os detalhes dos organismos e os blocos de construção que compõem o nosso mundo – oferecendo-nos uma apreciação das coisas mais pequenas da vida que muitas vezes passam despercebidas”, diz Teresa Kugler, uma das vencedoras do concurso deste ano.
Este artigo foi publicado originalmente em inglês no site nationalgeographic.com