O Ministério Público do Trabalho precisa passar ‘pente fino’ na folha de todas as repartições públicas (incluindo Estado e prefeituras) a fim de fundamentar a imposição de um termo de ajuste.
Se analisarem com critério, verão que as irregularidades violam o princípio da igualdade, entre tantos outros. Basta dizer que predominam casos de pagamentos diferenciados para as mesmas funções. Ou seja, os apadrinhados recebem gratificações que elevam consideravelmente os proventos, já os demais recebem migalhas, embora exerçam as mesmas atividades. Muitas vezes, quem recebe mais nem faz por onde merecer e mal aparece na repartição. Também predomina em todos os setores um número excessivo de prestadores de serviços. É urgente abrir concurso para que o acesso à oportunidade de trabalho ocorra por mérito, consolidando um quadro efetivo, sem favorecimento político. A própria imprensa vem expondo o problema e nós arquivamos tudo – acreditamos que seja o bastante para subsidiar o início de uma investigação com vistas a corrigir tais arbitrariedades. Ou não?