Quase dois anos após o início de uma pandemia que não mostra sinais de diminuir, médicos, enfermeiras e outros trabalhadores da linha de frente já enfrentaram o impacto emocional da morte em massa em seus hospitais. Eles suportaram a frustração de implorar ao público para que tomassem precauções apenas para assistir os surtos se desenrolarem enquanto as pessoas ignoravam o pedido de ajuda. Outro final de ano de morte e angústia por repetir erros do passado !!!
Eles tiveram sofrimento moral de não serem capazes de dar aos pacientes o nível ideal de atendimento.
Mas nesta temporada, há uma nova pressão no sistema: muitos trabalhadores que persistiram durante o primeiro ano da pandemia deixaram o emprego por causa do esgotamento e ansiedade. E com a variante Omicron aumentando drasticamente o número de casos, os cuidadores que permanecem também estão pegando infecções, sobrecarregando os funcionários de maneiras imprevisíveis.
Brasil, e o estado de Alagoas não testam adequadamente
Sem testar não há incidência , consequentemente prevalência e nem tampouco o estado real da evolução de uma pandemia em uma determinada área.
O número oficial de mortes atribuídas ao coronavírus (Sars-CoV-2) que é divulgado nos noticiários, corresponde ao total de pessoas com diagnóstico confirmado de Covid-19 que vieram a óbito .
Por que eu não acredito no milagre Alagoano da Covid-19 que permite as festas no final de Ano
Primeiro: os testes que confirmam o diagnóstico da COVID-19 costumam ser solicitados para quem apresenta sintomas respiratórios ,porém o coronavírus pode provocar manifestações sistêmicas a nível cardíaco , intestinal, renal, cerebral etc e diagnósticos e mortes podem não estar sendo computadas.
Segundo: pouca testagem para avaliar todos os pacientes internados ou não com sintomas que sugerem a presença do coronavírus conforme as diversas manifestações clínicas apresentadas pelo agente etiológico.
Terceiro : A mortalidade : O que sabemos sobre o risco de morrer com a infecção por SARS-COV-2 e a sua doença COVID-19? Há uma pergunta direta que a maioria das pessoas gostaria de responder. Se alguém está infectado com o COVID-19, qual a probabilidade dessa pessoa morrer? Esta pergunta é simples, mas surpreendentemente difícil de responder. Existem vários números que podem nos ajudar a alcançá-lo - estatísticas como o número total de casos confirmados e o número de mortes até agora - mas essas medidas não nos dizem tudo o que precisamos saber. Aqui, explicamos por que isso ocorre e sobre o que podemos ter certeza. Discutiremos a: "taxa de mortalidade de casos", a "taxa de mortalidade bruta" e a "taxa de mortalidade de infecções" e por que todas são diferentes. Confira >> Se alguém está infectado com o COVID-19, qual a probabilidade dessa pessoa morrer?
Quarto :As pandemias terminam quando o vírus não tem pessoas suscetíveis o suficiente para infectar seja por" imunidade de rebanho", ou por uma vacina específica , o que não é o caso nem no Brasil, no mundo e muito menos em Alagoas
Quinto : Se observarmos ,a grande maioria dos estados brasileiros conforme o consórcio de imprensa nacional ,variam semanalmente de posição oscilando entre estabilidade ,diminuição ou alta ,mas Alagoas desde a abertura da economia vem na contramão da ciência ,mantendo sempre diminuição de casos ,quando o esperado seria o aumento como se tem visto em todo o mundo. Os surtos de COVID-19 podem ser ilusórios e exigir medidas extremas. ” A velocidade de uma epidemia depende de duas coisas - quantas pessoas cada caso infecta e quanto tempo leva para se espalhar. Se há mais pessoas susceptíveis em circulação, o esperado seria um aumento de casos da COVID-19,não o decréscimo
Sexto: Quantas pessoas em Alagoas estão infectadas agora?
Aumentar a nossa capacidade de testar as pessoas para o COVID-19 é uma parte crucial de descobrir quanto tempo podemos sentir o peso da pandemia. Testes generalizados nos diriam quantas pessoas estão infectadas, onde e quando provavelmente pegaram o vírus, e quão amplamente ele está circulando na comunidade Alagoana.
Sétimo: Uma falsa impressão de segurança, controle epidemiológico e imensurável ilusão no distanciamento social em Alagoas,onde para muitos a vida continua como se não existisse uma grave circulação viral
VERDE - Não contaminados
VERMELHO - Contaminados
AZUL - recuperados (adoeceram e não morreram)
PRETO- Mortos pela COVID-19
No gráfico a esquerda ,hipoteticamente temos o exemplo de 200 pessoas saindo de suas casas para o Réveillon. Em vermelho representa os contaminados(com sintomas ou não) . Em verde são as pessoas sadias e em Preto as mortes ocorridas.
Observem que em determinado momento há um número enorme de contaminados e mortos( é neste momento que ocorre a saturação do sistema), e só depois começam aparecer os recuperados na cor Azul.
A Direita representa a saída de um número menor de pessoas (25). Observem que a infecção é gradativa,pessoas sadias aparecem em um tempo bem maior,os recuperados seguem a dinâmica da infecção,mas a mortalidade é bem menor(Pontos pretos) A esquerda,na parte embaixo ,observem a curva em vermelho ultrapassando a capacidade hospitalar A direita a curva em vermelho está bem abaixo da capacidade hospitalar,não havendo saturação do sistema de saúde OBS: o tão desejado" modelo" de distanciamento vertical,pode ser compreendido olhando o gráfico a esquerda!
Óbitos em Maceió: casos suspeitos ou confirmados de COVID-19
Última atualização 29/12/2021 22:45
O gráfico apresenta o crescimento do número de registros de óbitos com suspeita ou confirmação de COVID-19 desde 01 de novembro de 2021 a 22 de dezembro de 2021.
24 Óbitos em Maceió no período de 01/11 a 22/12 de 2021: casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 |
Seguir a ciência,a melhor opção !
Boletim Fiocruz
“É importante reforçar a atenção com os níveis de transmissão devido à proximidade da temporada de festas e férias, quando pode haver decisões relevantes quanto à flexibilização de algumas medidas que, equivocadamente, poderiam estar apoiadas em dados de notificação com atrasos ou sujeitos a represamento e/ou não disponibilizados de modo oportuno”, afirmam os pesquisadores no Boletim. “Os dados são fundamentais para que o país possa estar preparado para identificar rápida e precisamente quaisquer possíveis surtos locais ou mesmo o retorno de altas taxas de transmissão da doença, como vem acontecendo em alguns países da Europa”.
Fatores de risco a considerar durante as festividades do Réveillon
Nenhuma festa vale o risco de perder uma vida
Mas o risco de morrer é a única consequência que realmente deveria ficar na sua mente.
Reveillon 2021 Covid-19 omicron e Influenza A H3N2 - Vacina Sim!!! |
Vários fatores podem contribuir com a probabilidade dos participantes se contaminarem e com isso haver disseminação viral da COVID-19 e Influenza A H3N2 em grandes eventos de fim de ano. Confira os fatores no Link
Reveillon 🥳 e Covid-19 😪 : Tudo o que um vírus deseja é uma cadeia interminável de hospedeiros
Fim de Ano ,não fim da vida ✨! |
É provável que haja super propagadores de coronavírus principalmente durante as festividades do Reveillon(- pessoas que, por qualquer motivo, são quase inteiramente assintomáticas, mas transmitem a doença a muitas outras pessoas), e no momento atual há disseminação da Influenza A H3N2;determinar uma taxa exata de infecção, neste momento, é uma tarefa impossível,mas em breve futuro teremos a triste resposta !
Por hoje é só!
Mário Augusto