Ditador Nicaraguense Daniel Ortega |
Nicarágua acusa parentes de opositores exilados
O economista nicaraguense exilado Javier Álvarez recebeu notícias terríveis esta semana: sua esposa, filha e genro, presos há três semanas pelo governo do presidente Daniel Ortega, foram formalmente acusados de crimes graves na Nicarágua
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5 de outubro (Reuters) - A Organização dos Estados Americanos (OEA) continua pressionando o governo da Nicarágua a libertar presos políticos e preservar os direitos humanos, disse seu secretário-geral nesta quarta-feira.
O economista nicaraguense exilado Javier Álvarez recebeu notícias terríveis esta semana: sua esposa, filha e genro, presos há três semanas pelo governo do presidente Daniel Ortega, foram formalmente acusados de crimes graves na Nicarágua.
Jeannine Horvilleur, 63 anos, Ana Carolina Álvarez Horvilleur, 43, ambos de nacionalidade nicaraguense e francesa, assim como o marido de Ana Carolina, Félix Roiz, não só foram detidos para pressionar Álvarez que havia fugido para a Costa Rica, mas agora enfrentavam prisão grave.
O governo de Ortega intensificou a perseguição aos opositores políticos. Aparentemente não mais satisfeito em levá-los ao exílio, agora está perseguindo seus parentes criminalmente.
Organizações de direitos humanos acusaram o governo de fazer parentes “reféns”.
Dezenas de milhares de nicaraguenses fugiram do país na repressão que se seguiu aos grandes protestos de rua em abril de 2018. Dezenas de outros foram presos e receberam longas sentenças de prisão.
“Quando soube no domingo que no sistema judiciário já havia uma acusação, sofri um dos golpes mais duros”, disse Álvarez, que se opõe ao governo, mas não ocupa posição de liderança na oposição. “O mundo caiu sobre mim.”
A Nicarágua anunciou sua saída da OEA em abril, depois que a organização declarou ilegítima a eleição presidencial do país, após a vitória do presidente Daniel Ortega em uma campanha marcada pela prisão de seus rivais políticos.
"Nenhuma das (medidas) impostas foi suspensa", disse o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, em entrevista coletiva antes da 52ª Assembléia Geral em Lima.
"Muitos desses trabalhos estão focados na libertação de presos políticos, questões humanitárias e direitos humanos."
Almagro também comentou os planos da Venezuela de deixar a organização, que estão pendentes desde abril de 2017.
"Devemos reconhecer que eles nos devem alguns milhões de dólares de contas pendentes", disse ele.
A assembléia de ministros das Relações Exteriores em Lima deve discutir questões como a segurança alimentar devido à escassez de fertilizantes provocada pela guerra na Ucrânia.
Cerca de 24 ministros das Relações Exteriores confirmaram sua participação, incluindo o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, após sua viagem esta semana a outros países latino-americanos.
Com Agências
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