Campanha da OPAS - vacine contra a polio |
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) disse em setembro de 2022 que Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru correm um risco muito alto de reintrodução da pólio, já que a diminuição das taxas de vacinação durante a pandemia de coronavírus levou para baixas históricas na proteção contra a doença. A cobertura regional da vacina contra a poliomielite caiu para cerca de 79%, a menor desde 1994, disse a OPAS.
O quão séria é a poliomielite?
A poliomielite pode causar paralisia permanente. Foram descritos casos de indivíduos que se recuperaram totalmente, mas desenvolveram a síndrome pós-pólio entre 15 e 40 anos depois, na qual dores musculares, fraqueza nos membros e novos episódios de paralisia ocorrem. Relata-se que duas a 10 em cada 100 crianças com poliomielite paralítica morrem devido à paralisia que afeta os músculos que as ajudam a respirar.
- A poliomielite afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade.
- Uma em cada 200 infecções leva a uma paralisia irreversível (geralmente das pernas). Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
- Os casos de poliomielite diminuíram mais de 99% nos últimos anos: dos 350 mil casos estimados em 1988 para 29 casos notificados em 2018.
- Enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite. Se a doença não for erradicada, podem ocorrer até 200 mil novos casos no mundo, a cada ano, dentro do período de uma década.
- Na maioria dos países, os esforços mundiais ampliaram as capacidades para combater outras doenças infecciosas, construindo sistemas eficazes de vigilância e imunização.
- O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. No entanto, até que a doença seja erradicada no mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante, entre outras medidas. OPAS
Vacinação contra polio - Foto: Erasmo Salomão/MS |
“Alexandre de Moraes proíbe, pela 2ª vez, o Ministério da Saúde de realizar campanha de vacinação de pólio. Vai ter criança certamente infectada e vai ter problemas pelo resto da vida, por uma questão pessoal de Alexandre de Moraes, para começar a dizer que o Bolsonaro não quer vacina” Bolsonaro em entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada
TSE nega autorização para pronunciamento de Queiroga sobre vacinaçãoNo período eleitoral, é necessária autorização da Justiça Eleitoral
Para Moraes não há gravidade e urgência para justificar a aparição de Queiroga em cadeia nacional durante as eleições
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou pedido de autorização para transmissão de pronunciamento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em cadeia de rádio e TV para reforçar a campanha de vacinação de crianças contra a poliomielite. A decisão foi assinada no dia 1º de outubro.
O pedido de autorização foi feito no dia 30 de setembro pela Secretaria de Comunicação Social, órgão do Ministério das Comunicações. O pronunciamento seria veiculado em 7 de outubro e teria objetivo de conclamar a população a aderir à campanha de vacinação, alertando os pais sobre a importância da campanha diante dos dados que mostram diminuição da cobertura vacinal.
Na decisão, Moraes disse que, embora o pronunciamento seja educativo sobre a importância da vacinação, não há gravidade e urgência para justificar a aparição de Queiroga em cadeia nacional durante as eleições.
Pela legislação, a autorização prévia da Justiça Eleitoral para veiculação de pronunciamentos é necessária durante o período eleitoral.
"De fato, mesmo que a divulgação de dados e alertas assuma inegável importância para a adequada conscientização e, consequentemente, aumento da cobertura vacinal, mostra-se plenamente viável que a população tenha acesso a tais informações por outros meios, razão pela qual, no caso, não se revela imprescindível que, para atingir a mesma finalidade pretendida, o titular da pasta se pronuncie na rede nacional de rádio e TV, sob pena de violação ao princípio da impessoalidade, tendo em vista a indevida personificação, no período eleitoral, de ações relacionadas à administração pública", afirmou Moraes.
Queiroga comentou a decisão após participar de um seminário sobre o futuro da indústria farmacêutica no Brasil.
"Nós fizemos a nossa parte, nós solicitamos para fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e de televisão, mas o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, entendeu que feria preceitos constitucionais de impessoalidade. Os poderes são autônomos, devem ser harmônicos e todos nós temos que nos curvar à legislação", declarou.
Vacinação
Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta vai atingir a meta de vacinar 95% das crianças menores de 5 anos contra a poliomielite. Atualmente, segundo o ministro, a cobertura vacinal está em torno de 60%. Ao todo, 14,3 milhões de crianças devem receber a dose.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começou no dia 8 de agosto e foi encerrada na última sexta-feira (30), depois de ser prorrogada uma vez por causa da baixa adesão.
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Assista ao Vídeo educativo , baseado em evidências científicas realizado pelo Ministro da Saúde do Brasil Dr. Marcelo Queiroga sobre campanha de vacinação contra poliomielite, o qual foi vetado por Alexandre de Moraes -TSE
🖥️ FONTES :
EBC Ipsis Litterishttps://www.paho.org/pt/topicos/poliomielite
Com Agências
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