Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 18 de outubro (Reuters) - A gestora de recursos brasileira SPX Capital tem planos ambiciosos de apostar em sua unidade imobiliária, visando quintuplicar o valor de seus ativos imobiliários globais nos próximos anos, disse à Reuters o presidente-executivo da unidade, Pedro Daltro.
Menos de um ano desde que foi lançada como uma joint venture entre a SPX Capital e a SYN Prop Tech SYNE3.SA , anteriormente conhecida como Cyrela Commercial Properties, a unidade imobiliária administra um portfólio majoritariamente residencial no valor de cerca de 1,9 bilhão de reais (US$ 360 milhões). A SPX tem mais de 86 bilhões de reais em ativos globais globais.
Enquanto a SPX está prestes a abrir um escritório na Ásia, além das bases existentes no Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Portugal, a unidade imobiliária Daltro acredita que as perspectivas econômicas do Brasil são favoráveis para os ativos imobiliários domésticos, destacando que a taxa de juros Selic deverá cair a partir do segundo semestre do próximo ano.
"Uma aposta nossa e de muitos no mercado é que os juros devem ficar altos por um período, mas começar a esfriar a partir de meados do ano que vem", disse. "Se essa aposta estiver certa, assumir uma posição no mercado imobiliário brasileiro agora é uma jogada inteligente."
No portfólio imobiliário da SPX, os empreendimentos residenciais dominam por enquanto, mas isso deve mudar, com crescimento em segmentos como logística e em ativos corporativos específicos.
"Queremos estar em regiões densamente povoadas", disse Daltro, citando a Grande São Paulo, onde estão concentrados os ativos da SPX, e outras cidades de maior densidade, como Belo Horizonte e Brasília.
Os edifícios corporativos também estão no radar da SPX, que vê as torres de escritórios voltando com força em algumas regiões-chave, como o bairro Faria Lima, conhecido como centro financeiro e de negócios de São Paulo, embora muito menos em outras áreas.
A demanda por tais propriedades "deve esfriar um pouco", disse ele, dadas as taxas atualmente mais altas e uma economia em desaceleração.
As incertezas sobre a política monetária em outros países ainda obscurecem o cenário de curto prazo, disse ele, embora delineando um plano para um investimento no exterior no próximo ano.
"Em algum momento do ano que vem vamos procurar algo fora do Brasil", acrescentou Daltro, citando os mercados norte-americano e britânico. Com as taxas de juros subindo rapidamente nesses mercados, haverá falta de capital e surgirão oportunidades, disse ele.
(US$ 1 = 5,2818 reais)
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Com Agências
(Reportagem de Paula Arend Laier; Redação de Peter Frontini; Edição de Kenneth Maxwell)
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