O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, faz uma declaração à imprensa no Palácio da Alvorada, em Brasília, Brasil, 1º de novembro de 2022. Foto de Adriano Machado/REUTERS |
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BRASÍLIA, Brasil (AP) - O presidente brasileiro Jair Bolsonaro não admitiu nesta terça-feira a eleição que perdeu para o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva em um breve discurso que marcou seus primeiros comentários desde que os resultados foram divulgados há dois dias.
Mas depois, o chefe de gabinete Ciro Nogueira disse a repórteres que Bolsonaro o autorizou a iniciar o processo de transição.
O discurso de Bolsonaro não mencionou os resultados das eleições, mas disse que continuará seguindo as regras da constituição do país.
“Sempre fui taxado de antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição”, disse Bolsonaro, ladeado por mais de uma dezena de ministros e aliados, a repórteres na residência oficial.
Bolsonaro perdeu a corrida de domingo por uma pequena margem, conquistando 49,1% dos votos contra 50,9% de Lula, de acordo com a autoridade eleitoral do país. Foi a corrida presidencial mais acirrada desde o retorno do Brasil à democracia em 1985 e marca a primeira vez que Bolsonaro perde uma eleição em seus 34 anos de carreira política, incluindo sete disputas por um assento na Câmara dos Deputados.
Assim como o ex-presidente dos EUA Donald Trump, a quem Bolsonaro admira abertamente, o titular de extrema-direita questionou repetidamente a confiabilidade do sistema eleitoral do país, alegando que as urnas eletrônicas são propensas a fraudes. Ele nunca apresentou qualquer prova, mesmo quando ordenado pelo tribunal eleitoral.
Isso levou muitos analistas políticos a alertar que Bolsonaro parecia estar preparando as bases para rejeitar os resultados das eleições.
Nos últimos dias, e sem uma declaração pública de Bolsonaro, caminhoneiros e outros simpatizantes dele bloquearam centenas de estradas em todo o país. Muitos disseram que a eleição foi fraudulenta e alguns pediram a intervenção militar e a dissolução do Congresso e da Suprema Corte.
Com Agências
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