Havana |
A máfia cubana, também conhecida como a máfia havana, teve uma presença significativa em Cuba durante as décadas de 1920 a 1950. Essa época foi marcada por uma combinação de instabilidade política, corrupção e relações comerciais próximas entre os Estados Unidos e Cuba. A máfia cubana aproveitou essas circunstâncias para expandir suas operações na ilha.
Durante a Lei Seca nos Estados Unidos (1920-1933), que proibiu a produção e venda de bebidas alcoólicas, a máfia cubana estabeleceu vínculos com a máfia italiana, que controlava grande parte do mercado de bebidas alcoólicas ilegais nos Estados Unidos. Cuba, localizada a pouca distância da costa dos Estados Unidos, tornou-se um importante ponto de trânsito para o contrabando de álcool, e a máfia cubana controlava a distribuição dessas bebidas na ilha.
Um dos nomes mais proeminentes da máfia cubana foi Meyer Lansky, um gângster judeu-americano de origem polonesa que se tornou um dos principais estrategistas e financiadores da máfia. Lansky e outros mafiosos, como Lucky Luciano e Santo Trafficante Jr., estabeleceram cassinos, hotéis e clubes noturnos em Havana, capital de Cuba. Esses estabelecimentos se tornaram destinos populares para turistas americanos em busca de jogo, bebidas alcoólicas e entretenimento.
A corrupção generalizada no governo cubano permitiu que a máfia cubana operasse livremente. Políticos e membros das forças de segurança frequentemente eram subornados pelos mafiosos, o que lhes permitia expandir seus negócios ilícitos sem muita interferência. A máfia cubana também controlava atividades como prostituição, tráfico de drogas e extorsão.
No entanto, em 1959, a Revolução Cubana liderada por Fidel Castro chegou ao poder, e a presença da máfia cubana começou a desaparecer gradualmente. Castro e seu regime socialista consideravam a máfia como uma influência corruptora e uma ameaça à estabilidade do país. O governo cubano nacionalizou os negócios da máfia, incluindo cassinos e hotéis, e expulsou muitos mafiosos dos Estados Unidos.
Após a expulsão da máfia cubana, muitos membros se realocaram para outras áreas, como a Flórida, nos Estados Unidos, onde continuaram a exercer influência sobre atividades criminosas. A máfia cubana também teve um impacto duradouro na cultura cubano-americana, principalmente em Miami, onde muitos exilados cubanos estabeleceram comunidades e mantiveram tradições e vínculos com a cultura e história de Cuba.
Em resumo, a história da máfia cubana está intrinsecamente ligada ao período de instabilidade política e corrupção em Cuba, bem como ao tráfico de álcool durante a Lei Seca nos Estados Unidos. Sua influência diminuiu significativamente com a Revolução Cubana em 1959, mas seu legado ainda pode ser
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A revolução dos Castro
A Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, foi um movimento revolucionário que ocorreu em Cuba entre 1953 e 1959, resultando na derrubada do governo do presidente Fulgencio Batista e na ascensão de Castro ao poder. A revolução teve um impacto significativo em Cuba e na geopolítica mundial.
A revolta armada liderada por Castro começou em 26 de julho de 1953, com o assalto ao Quartel Moncada, uma base militar em Santiago de Cuba. No entanto, a ação falhou e muitos dos rebeldes foram presos ou mortos. Castro, juntamente com seu irmão Raúl Castro e outros sobreviventes, foi capturado e sentenciado a prisão. Eles foram posteriormente anistiados e libertados em 1955.
Após sua libertação, Castro exilou-se no México, onde formou um grupo guerrilheiro chamado Movimento 26 de Julho (M-26-7), em homenagem ao assalto fracassado. O M-26-7 recrutou mais membros e organizou uma expedição para retornar a Cuba e iniciar uma revolução armada.
Em 2 de dezembro de 1956, Castro e seus seguidores desembarcaram no litoral cubano, na região de Sierra Maestra. Embora tenham sido inicialmente atacados pelas forças de Batista, o grupo guerrilheiro conseguiu se refugiar nas montanhas da Sierra Maestra e iniciar uma guerra de guerrilha contra o governo.
Nos anos seguintes, o movimento de Castro ganhou apoio popular crescente, enquanto o governo de Batista enfrentava acusações de corrupção, repressão e violações dos direitos humanos. A resistência guerrilheira de Castro se expandiu, ganhando batalhas importantes e capturando armas e suprimentos do exército de Batista.
A popularidade de Castro e de seu movimento cresceu ainda mais à medida que ele prometia reformas sociais, justiça econômica e o fim do regime corrupto de Batista. O Movimento 26 de Julho recebeu apoio de diversos setores da sociedade cubana, incluindo camponeses, estudantes e intelectuais.
Em 1º de janeiro de 1959, as forças rebeldes lideradas por Castro tomaram a capital Havana, e Batista fugiu do país. Fidel Castro assumiu o controle do governo e implementou uma série de reformas radicais, incluindo a nacionalização de indústrias, terras e propriedades estrangeiras.
O novo governo cubano estabeleceu um sistema socialista e fortaleceu sua aliança com a União Soviética, o que levou a tensões com os Estados Unidos. Em 1961, ocorreu a tentativa de invasão da Baía dos Porcos, uma operação apoiada pela CIA que visava derrubar o governo cubano, mas foi derrotada pelas forças de Castro.
A partir desse momento, Cuba se tornou um Estado socialista sob o governo de Castro, com um sistema político de partido único e uma economia centralizada. Durante décadas, Castro exerceu um controle firme sobre o país, reprimindo a dissidência política e limitando as liberdades individuais
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A repressão cubana no governo de Fidel Castro
Durante o governo de Fidel Castro em Cuba, houve uma repressão significativa contra dissidentes políticos, liberdades civis e direitos humanos. A repressão foi uma característica central do regime cubano, visando silenciar oposição e manter o controle do poder.
Logo após a Revolução Cubana, o governo liderado por Castro implementou medidas para consolidar seu controle sobre a sociedade cubana. Isso incluiu a supressão de partidos políticos, sindicatos independentes, imprensa livre e outras formas de expressão política e social. O regime estabeleceu um sistema de partido único, controlado pelo Partido Comunista Cubano, e opositores políticos foram perseguidos e reprimidos.
O governo cubano criou uma extensa rede de segurança e inteligência para identificar e eliminar qualquer forma de dissidência. Isso incluía a criação dos Comitês de Defesa da Revolução (CDRs), que eram organizações de vigilância comunitária encarregadas de monitorar e relatar atividades suspeitas de cidadãos. Os CDRs muitas vezes atuavam como uma força de vigilância e controle social, denunciando qualquer pessoa considerada "contrarrevolucionária".
Aqueles que eram considerados opositores do regime, incluindo líderes políticos, ativistas, jornalistas, artistas e intelectuais dissidentes, enfrentavam perseguição, prisão e, em alguns casos, execução. O governo cubano estabeleceu campos de trabalho forçado, como os conhecidos como "Unidades Militares de Ajuda à Produção" (UMAP), onde muitos dissidentes políticos eram enviados para reeducação forçada e trabalho duro.
A liberdade de imprensa foi suprimida, e os meios de comunicação foram controlados pelo Estado. Jornais, rádios e emissoras de televisão foram estatizados, e apenas a narrativa oficial do regime era permitida. Qualquer forma de crítica ao governo ou expressão contrária às políticas oficiais era considerada uma ameaça e poderia resultar em repressão.
Os direitos humanos foram frequentemente violados durante o governo de Castro. A liberdade de expressão, associação e reunião foram severamente limitadas. A tortura e o tratamento cruel eram frequentemente relatados em prisões e centros de detenção. O governo também reprimia a liberdade religiosa, principalmente direcionada a grupos religiosos considerados politicamente ameaçadores.
É importante destacar que a repressão em Cuba durante o governo de Fidel Castro não foi um fenômeno isolado. Regimes autoritários e repressivos existiram em diferentes partes do mundo durante esse período, e o contexto da Guerra Fria também influenciou a dinâmica política e as práticas repressivas em Cuba.
Embora alguns defensores de Castro argumentem que seu governo trouxe benefícios sociais e avanços em áreas como educação e saúde, não se pode negar o histórico de repressão e violação dos direitos humanos durante seu governo. A repressão política em Cuba continua sendo uma questão controversa e motivo de debate até hoje.
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Com Agências
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