A agência de saúde da ONU declarou na quinta-feira o fim de um surto de quase quatro meses do vírus Marburg na Guiné Equatorial, dizendo que a doença, uma prima do Ebola, causou 35 mortes confirmadas ou suspeitas.
"O surto da doença do vírus de Marburg na Guiné Equatorial terminou hoje sem novos casos relatados nos últimos 42 dias depois que o último paciente recebeu alta do tratamento", disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um comunicado.
O micróbio altamente virulento causa febre severa, muitas vezes acompanhada de sangramento e falência de órgãos.
Faz parte da chamada família dos filovírus, que inclui a febre hemorrágica do Ebola, que causou várias epidemias mortais na África Ocidental e Central.
O surto, declarado em 13 de fevereiro, foi o primeiro do tipo na Guiné Equatorial, um pequeno estado costeiro no centro-oeste da África.
"Um total de 17 casos confirmados em laboratório e 12 mortes foram registrados. Todos os 23 casos prováveis relatados morreram", disse a OMS.
“Quatro pacientes se recuperaram do vírus e foram inscritos em um programa de sobreviventes para receber apoio psicossocial e outros apoios pós-recuperação”, acrescentou.
A declaração homenageou os profissionais de saúde locais e apoiou organizações parceiras pelo "trabalho árduo" no combate ao surto, grande parte do qual envolve rastrear e isolar pessoas em contato com pacientes.
- Surto na Tanzânia -
O surto na Guiné Equatorial coincidiu com o do outro lado do continente, na Tanzânia. Seis pessoas morreram em um episódio de dois meses, que foi formalmente declarado encerrado em 2 de junho.
O primeiro surto de Marburg na África foi registrado na África do Sul em 1975.
Surtos ou casos esporádicos também foram relatados no Quênia, Angola, Gana, Guiné, República Democrática do Congo e Uganda, bem como na Guiné Equatorial e na Tanzânia neste ano.
A fonte natural suspeita do vírus é o morcego frugívoro africano, que carrega o patógeno, mas não adoece com ele.
As taxas de mortalidade em casos confirmados variaram de 24% a 88% em surtos anteriores, dependendo da cepa do vírus e do gerenciamento de casos, de acordo com a OMS.
Atualmente não há vacinas ou tratamentos antivirais, mas tratamentos potenciais, incluindo hemoderivados, terapias imunológicas e terapias medicamentosas, bem como vacinas candidatas iniciais, estão sendo avaliados.
O vírus leva o nome da cidade alemã de Marburg, onde foi identificado pela primeira vez em 1967, em um laboratório onde trabalhadores estiveram em contato com macacos verdes infectados importados de Uganda.
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Com Agências
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