Homeopatia, o placebo da medicina
Introdução
A homeopatia é uma prática médica controversa que envolve o uso de remédios extremamente diluídos, muitas vezes ao ponto em que nenhuma molécula ativa permanece na solução.
Os defensores da homeopatia afirmam que os remédios homeopáticos podem causar efeitos curativos mesmo em altas diluições devido a um suposto "princípio vital" ou "memória da água", porém essas alegações não têm nenhuma base científica comprovada.
Críticos argumentam que os efeitos percebidos da homeopatia não passam de placebo e que a prática baseia-se mais em princípios místicos do que científicos. Esta resenha examinará as origens da homeopatia, as evidências científicas (ou a falta delas) por trás de seus princípios e alegações, e por que seu uso continua sendo controverso e amplamente considerado pseudocientífico pela comunidade médica moderna.
Origens e princípios da homeopatia
A homeopatia foi fundada no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann. Ele propôs que "semelhante cura semelhante" - ou seja, substâncias que causam certos sintomas podem também curar aqueles mesmos sintomas. Hahnemann conduziu testes chamados "provas" nos quais ele administrava várias substâncias em indivíduos saudáveis para observar os sintomas que elas produziam. Então, remédios homeopáticos seriam preparados a partir dessas mesmas substâncias e dados a pacientes que apresentassem sintomas semelhantes. No entanto, os remédios eram diluídos repetidamente, às vezes ao ponto em que nenhuma molécula original permanecia.
Hahnemann acreditava que o processo de diluição e sucussão (agitação) liberava um "princípio vital" da substância original que se tornava mais potente quanto maior a diluição. Outros princípios-chave da homeopatia incluem tratamento personalizado com base nos sintomas de cada paciente e um foco holístico no equilíbrio corporal em vez de tratar apenas doenças específicas. Muitos remédios homeopáticos hoje em dia são tão diluídos que a probabilidade de haver mesmo uma molécula da substância original é praticamente zero.
Evidência científica para homeopatia
Várias revisões abrangentes de estudos clínicos não encontraram evidências convincentes de que a homeopatia é mais efetiva do que placebos para tratar qualquer condição de saúde. Uma meta-análise de 2010 não encontrou evidência confiável de que os remédios homeopáticos fossem mais efetivos do que placebos. Outra revisão de 2021 chegou a conclusões semelhantes. Estudos que sugerem benefícios são geralmente de baixa qualidade, com desenhos de teste pobres e vieses não tratados. Virtualmente todos os supostos efeitos positivos podem ser atribuídos ao efeito placebo, regressão à média ou viés de publicação.
Simplesmente não há nenhum mecanismo bioquímico ou fisiológico plausível pelo qual remédios homeopáticos altamente diluídos possam ter efeitos além do placebo. A alegação de que o processo de diluição e sucussão deixa para trás uma "memória" da substância original na água que persiste mesmo quando a substância em si desapareceu vai contra toda a química e física modernas. Embora a água possa formar estruturas complexas, não há evidência de que tais estruturas possam selecionar e transmitir informações terapêuticas.
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A homeopatia hoje
Apesar da falta de evidência científica confiável para sua eficácia, a homeopatia experimentou um ressurgimento de popularidade nas últimas décadas. Ela é vista por alguns como uma alternativa "natural" à medicina convencional. Contudo, vários órgãos de saúde alertaram que a homeopatia não pode substituir tratamentos médicos comprovados ou servir como uma opção viável quando intervenções convencionais são necessárias.
A indução equivocada de que os remédios homeopáticos podem tratar doenças sérias apresenta sérios riscos à saúde. Além disso, os remédios homeopáticos são regulamentados de forma muito mais branda do que medicamentos convencionais em muitos países, levantando preocupações sobre inconsistências na fabricação e rotulagem.
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Conclusão
Em conclusão, não há evidência convincente de que os princípios ou tratamentos homeopáticos tenham qualquer base válida na ciência. Os efeitos percebidos parecem derivar inteiramente de variáveis não específicas como expectativa, sugestão e o significado ritual do tratamento. Embora geralmente inofensiva, a crença na homeopatia pode atrasar ou substituir tratamentos comprovadamente eficazes, além de dar uma falsa impressão de validação científica. A maioria dos médicos e cientistas consideram as alegações da homeopatia inconsistentes com os princípios bem estabelecidos da química, bioquímica e fisiologia, classificando-a como pseudociência. Mais pesquisas de alta qualidade são necessárias, mas até agora não há evidências convincentes de que a homeopatia tenha efeitos além do placebo.
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