Mike Vigil, ex-diretor de operações internacionais da DEA, analisou o perfil de hugo carvajal
Hugo "El Pollo" Carvajal, que era chefe de inteligência do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, se declarou inocente das acusações apresentadas pela promotoria de Nova York, onde chegou na quarta-feira extraditado da Espanha. Mas por que esse ex-funcionário do governo venezuelano foi procurado pelas autoridades dos Estados Unidos por mais de uma década? Mike Vigil, ex-diretor de operações internacionais da DEA, analisou o perfil do réu . Assista o vídeo.
Mike Vigil caracteriza Carvajal como figura-chave no tráfico internacional de drogas
AR NEWS
NOTÍCIAS
24 horas
Aqui estão alguns pontos-chave sobre a análise de Mike Vigil sobre o perfil de Hugo Carvajal:
- Hugo Carvajal foi um general venezuelano que atuou como chefe de inteligência militar e contra-espionagem da Venezuela de 2004 a 2014. Ele também foi ministro da Defesa brevemente em 2014.
- De acordo com Mike Vigil, Carvajal tinha profundos laços com o tráfico de drogas e grupos criminosos na Venezuela. Ele ajudou o Cartel de los Soles e as FARC colombianas a traficar drogas através da Venezuela.
- Vigil diz que Carvajal usou seu cargo para identificar traficantes rivais e depois fornecer suas localizações para serem assassinados por grupos criminosos aliados. Isso ajudou a consolidar o poder dos cartéis aliados de Carvajal.
- Além disso, Vigil afirma que Carvajal aceitou subornos de traficantes em troca de proteção e informações privilegiadas. Ele teria acumulado uma grande riqueza pessoal por meio da corrupção.
- No geral, Vigil caracteriza Carvajal como um facilitador-chave do narcotráfico na Venezuela que abusou de seu poder para promover grupos criminosos e obter ganhos pessoais. Sua análise retrata Carvajal como uma figura profundamente corrupta.
Continue a leitura do texto após o anúncio:
Confira Últimas Notícias 🌎
As ligações de Hugo Carvajal com Brasil e Argentina, segundo a análise de Mike Vigil:
- Carvajal ajudou a facilitar o envio de cocaína da Colômbia para o Brasil através da Venezuela. Ele forneceu proteção e informações para traficantes colombianos que operavam rotas de tráfico para o Brasil.
- Ele também tinha laços com facções criminosas brasileiras como o PCC, que enviavam dinheiro para Carvajal em troca de proteção para suas operações de tráfico e lavagem de dinheiro na Venezuela.
- Na Argentina, Carvajal trabalhou com traficantes locais baseados nas províncias fronteiriças com o Paraguai. Ele fornecia informações sobre movimentos policiais e militares para ajudar o tráfico de maconha, cocaína e metanfetaminas.
- Além disso, Carvajal tinha conexões políticas na Argentina que o ajudavam a facilitar as operações de tráfico e movimentar recursos através da fronteira Argentina-Venezuela.
- No geral, Vigil afirma que Carvajal jogava um papel central conectando grupos criminosos na Colômbia, Brasil e Argentina através de rotas de tráfico convergentes na Venezuela. Ele abusava de seu poder para habilitar o tráfico transnacional.
Quais as conexões políticas na Argentina e no Brasil?
Sobre as conexões políticas de Hugo Carvajal na Argentina e Brasil, não há muitos detalhes precisos na análise de Mike Vigil. No entanto, alguns pontos podem ser inferidos:
- Na Argentina, como chefe de inteligência da Venezuela, Carvajal provavelmente cultivou relacionamentos e canais de comunicação com os serviços de inteligência argentinos. Isso poderia envolver subornos ou compartilhamento de informações.
- Ele possivelmente também tinha conexões com governadores ou outros políticos de províncias do norte da Argentina, como Salta, que faz fronteira com a Bolívia. Essa área é uma rota de tráfico importante.
- No Brasil, seus principais contatos provavelmente eram com políticos estaduais e locais em estados fronteiriços como Roraima. Autoridades subornadas na polícia, aduana e outros órgãos poderiam facilitar o tráfico transfronteiriço.
- Carvajal também pode ter tido laços com membros do Congresso brasileiro, usando subornos para garantir proteção política para suas atividades.
- Não há indicação clara se ele tinha relacionamentos no nível federal com os governos Kirchner na Argentina ou Lula/Dilma no Brasil. Mas é possível que tivesse canais de influência em altos níveis.
- No geral, ele provavelmente dependia de uma rede difusa de autoridades subornadas, contatos de inteligência e relacionamentos políticos informais para habilitar suas atividades ilícitas na região.
Com a prisão de Hugo Carvajal, há a possibilidade de mais detalhes sobre suas conexões políticas e atividades ilícitas virem à tona, mas não há garantia disso:
- Carvajal pode decidir cooperar com as autoridades dos EUA e fornecer informações mais concretas sobre subornos, rotas de tráfico e cumplicidade de políticos na Venezuela, Brasil e Argentina. Isso traria maior clareza sobre a extensão de sua rede.
- Por outro lado, ele pode permanecer em silêncio ou fornecer informações limitadas para proteger antigos aliados políticos e parceiros criminosos. Não está claro se ele buscaria expor outras pessoas.
- Muitas de suas conexões políticas podem ter sido informais ou envolvido intermediários, dificultando a obtenção de provas concretas.
- Alguns dos políticos implicados podem já não estar mais no poder também. Novas autoridades podem ter surgido desde 2014 quando Carvajal perdeu influência.
- A extradição e julgamento de Carvajal levou anos. Com o tempo, provas e testemunhas-chave podem se tornar difíceis de localizar.
- Portanto, embora sua prisão represente uma oportunidade, pode ser um desafio transformar quaisquer informações que Carvajal forneça em investigações e processos concretos contra seus antigos cúmplices políticos na região.
📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES :
Com Agências :
CNN e agências
NOTA:
O AR NEWS publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do AR NEWS NOTÍCIAS.
🔴Reportar uma correção ou erro de digitação e tradução :Contato ✉️
Continue a leitura no site após o anúncio: