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Em vez da campanha publicitária com o título Braskem explica, deveria ser Braskem paga , mostrando claramente os valores e se os mesmos foram justos !
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Em vez de Braskem explica, Braskem paga!
Na tranquila cidade de Maceió, conhecida pelas suas praias de águas mornas, ninguém podia imaginar o terror que se abateria sobre alguns de seus bairros.
De repente, sem aviso, o chão começou a rachar e afundar sob os pés dos moradores. As casas ruíram, as vidas foram destruídas. E no centro da tragédia, pairava o grande mistério – por que aquilo estava acontecendo?
Os olhos se voltaram para a poderosa Braskem, com sua imponente fábrica de cloro-soda, bombeando água salgada das profundezas da terra havia décadas. Seria ela a culpada pelo destino cruel que se abateu sobre os bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol ?
A empresa negou veementemente. Estudos foram encomendados, especialistas consultados. A Braskem insistia que seus métodos eram seguros, que não havia relação entre suas atividades e os eventos sísmicos. Mas os moradores desabrigados e desolados não estavam convencidos.
E no meio daquela trama, quem mais sofria eram as famílias afetadas.
Enquanto a Braskem e as autoridades discutiam causas e culpados, elas choravam suas casas perdidas, os sonhos destruídos, o futuro incerto. Quantas vidas e histórias enterradas sob aquele chão rachado?
Mas a poderosa empresa logo percebeu que era mais prático encerrar a questão financeiramente do que elucidar o mistério. Acordos foram fechados, reparações oferecidas. Para a Braskem era insignificante, dinheiro de bolso. Para os moradores, uma gota no oceano de angústia e incerteza que agora enfrentavam.
E assim o caso foi “resolvido”, sem nunca revelar a verdade por trás da tragédia. A empresa pode continuar seu negócio, a vida em Maceió segue tentando recobrar a normalidade. Mas sob a superfície tranquila, a dúvida permanece – como poupar novos bairros e famílias do terror da terra que desaba? Por ora, o mistério permanece enterrado, como as esperanças dos afetados pelos afundamentos.
A situação difícil dos moradores que foram desabrigados e ficaram desolados após os afundamentos em Maceió.
Perder de repente a casa, o local de moradia que proporciona abrigo, segurança e resguarda nossas memórias e pertences, realmente deixa as pessoas completamente desestabilizadas e desnorteadas.
Temos que destacar a importância da casa não apenas como um abrigo físico, mas como um espaço que concentra memórias afetivas, histórias de vida e uma sensação de estabilidade e refúgio.
Ao perderem suas casas de forma abrupta devido aos afundamentos, essas famílias em Maceió perderam muito mais do que paredes e teto. Viram desmoronar lembranças, laços cultivados ao longo de anos, a sensação de controle e direção sobre a própria vida.
Ter que abandonar às pressas todo um contexto de existência já consolidado, sem qualquer preparação ou perspectiva de quando se poderá retornar( nunca mais), realmente deixa um sentimento de vazio e devastação difícil de mensurar.
A casa representa muito mais que um bem material. É um espaço vivo, que abriga nossas identidades e nos situa no mundo. A violência de ter esse porto-seguro súbita e injustamente arrancado causa feridas profundas, que vão além do aspecto financeiro.
Qualquer reparação ou acordo deve levar em conta essa dimensão imaterial e existencial.
As perdas humanas e emocionais precisam ser acolhidas e validadas, para que essas pessoas possam de fato reconstruir suas vidas, e não apenas suas casas.
Quantas vidas e histórias enterradas sob aquele chão rachado?
Por trás dos prejuízos materiais evidentes, existem inúmeras vidas e histórias que foram profundamente afetadas pelos afundamentos em Maceió.
Cada família que vivia nesses bairros tinha sua própria trajetória, seus sonhos e projetos. Pessoas que investiram anos de trabalho para conseguir comprar ou construir aquele lar, criando memórias e laços preciosos.
Infâncias, adolescências e velhices compartilhadas naqueles quintais e ruas. Casamentos, nascimentos, mortes, conquistas e perdas que moldaram identidades.
Quando o solo se abre e engole uma casa, é como se tragasse consigo todos esses momentos, vivências e expectativas. O lado sólido e material da vida é fragilizado.
É impossível mensurar quantas histórias, quantos sorrisos, quantas lágrimas se perderam sob os escombros. Nem todas as indenizações do mundo trarão de volta essas trajetórias interrompidas, essas raízes arrancadas.
É importante relembrar que vidas foram soterradas, não apenas casas e prédios. E esse é um prejuízo irreparável, que nenhum valor material conseguirá ressarcir. A dor da perda habita agora onde antes havia sonho e segurança.
O emocional afetado por toda vida
Além da perda material, há um impacto profundo na estabilidade emocional e psicológica dessas famílias, que foram lançadas em uma situação de precariedade e incerteza sobre o futuro.
O sentimento de impotência e abandono, sem ter para onde ir, somado à falta de perspectiva de quando a situação será resolvida, gera extremo desalento e desespero.
É importante ter empatia com a dor e o drama humano por trás dos "números" e estatísticas. São histórias e vidas que foram drasticamente afetadas, em meio a uma tragédia que poderia ter sido evitada ou ao menos melhor conduzida.
É essencial que qualquer solução ou acordo leve em conta não somente as perdas materiais, mas toda a dimensão humana e emocional que envolve esse tipo de tragédia, buscando reparação e assistência integral às famílias afetadas.
Em vez da campanha Braskem explica, Braskem paga !
Em vez de simplesmente mostrar que está cuidando dos mosquitos nas áreas destruídas pelo afundamento do solo e que agora estão abandonadas , assumindo por assim dizer a competência estatal de combater as endemias seria mais ético e transparente da Braskem divulgar de forma clara os valores pagos aos afetados e se eles são de fato suficientes para reparar os danos causados.
Em outra série com padrão globo , mostra "guardas" ao estilo do Bope , cuidando da praça de guerra criada pela destruição do solo na capital alagoana, e mais uma vez , ocupa o espaço do ente estatal na manutenção da ordem e segurança pública.
Se imagens e contos com firulas fossem suficientes para manter barrigas cheias, e reestruturação emocional e financeira da população , a Braskem ganharia o OSCAR
Uma campanha intitulada "Braskem paga" com detalhamento dos acordos financeiros alcançados demonstraria mais respeito e consideração pelas vítimas da tragédia em Maceió.
A empresa precisa ir além de tentar proteger sua imagem e realmente assumir a responsabilidade pelas consequências de suas atividades, mesmo que ainda não admita qualquer culpa pelo ocorrido. A população merece transparência total, não apenas promessas vagas.
A Braskem precisa assumir seu papel de empresa responsável e contribuir de forma decisiva para reparar os danos já causados e impedir novas tragédias, caso contrário sua credibilidade e legitimidade estarão comprometidas. pela destruição ambiental e por ceifar inúmeros sonhos de vida das famílias alagoanas !
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