Nicolás Maduro agora usa o caso de Jair Bolsonaro para justificar o banimento de seus adversários
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e do Brasil, Lula da Silva, em cúpula em Brasília, no dia 30 de maio. Foto: REUTERS |
O líder da Venezuela usa como exemplo a desqualificação do ex-presidente do Brasil. Mas a situação é bem diferente.
O autocrata Nicolás Maduro , em um gesto que pode incomodar seu aliado Lula da Silva, equiparou a decisão de banir a principal líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, por 15 anos, na cassação que a justiça brasileira decidiu contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Eles o desqualificaram porque ele questionou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro em público e na frente de alguns embaixadores. Ah? Vamos tirar conclusões", disse o líder chavista em seu programa na televisão estatal.
"Imaginem essas pessoas que pedem a invasão da Venezuela, essas pessoas que pedem sanções penais contra a economia e contra a sociedade venezuelana, essas pessoas que usurpam cargos", acrescentou, sem citar o dissidente.
No último dia de junho, a Justiça brasileira, após processo com produção de provas e direito de defesa, condenou Bolsonaro a oito anos de inabilitação para o exercício de cargos públicos.
O motivo foi um discurso que fez durante sua gestão perante diplomatas credenciados em Brasília, questionando a confiabilidade do sistema eleitoral.
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O caso de Maria Corina Machado
Machado foi proscrita no mesmo dia pelo regime venezuelano, sem julgamento, comunicado por um aliado da ditadura e quando o líder se assegurou à frente da dissidência interna e avançou às eleições presidenciais do próximo ano.
A desqualificação infundada é uma velha arma da ditadura chavista para demitir opositores que possam desafiar o controle total que o regime almeja.
Maduro buscará uma nova reeleição nessas eleições e para garantir o processo nomeou sua esposa, Cilia Flores, para organizar o estratégico Conselho Nacional Eleitoral que regula as eleições e demitiu todos os seus membros anteriores, incluindo os reitores da oposição.
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O líder chavista em sua comparação entre os dois casos foi retirado de uma série de argumentos apontados pelo presidente brasileiro Lula da Silva, que caracterizou como os líderes do golpe de Bolsonaro aqueles que questionam a suspeita reeleição em 2018 de Maduro, que foi realizada em meio a uma proibição de dissidência e sem supervisão credível.
“Não tivemos aqui um cidadão que não quis aceitar o resultado eleitoral? Não tínhamos aqui um cidadãozinho que queria dar um golpe no dia 8 de janeiro? Tem gente que não quer aceitar o resultado das eleições”, disse Lula, envolvendo negligentemente Bolsonaro com dissidentes venezuelanos.
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Com Agências :
Fonte: Redação e agências do Clarín
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