Senhor rezando |
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Um golpe de estado fabricado para perseguir opositores políticos:
As ruas estavam escuras e silenciosas em Brasilândia quando os soldados vieram me prender. Batidas violentas na porta ecoaram pela casa enquanto eu me vestia apressadamente, tentando serenar os nervos e preparar minha mente para o confronto. Eu sabia por que eles haviam vindo.
O Chanceler anunciou recentemente a descoberta de uma conspiração para derrubá-lo, um "golpe de estado" tramado por supostos inimigos do regime. Como um proeminente senador conhecido por criticar o Chanceler, eu era um alvo óbvio.
Os soldados me levaram para fora aos tropeços, amarraram minhas mãos e me jogaram rudemente na parte de trás de uma carroça. Enquanto viajávamos pelas ruas da capital em direção à prisão, minha mente fervilhava. O suposto golpe foi claramente uma farsa, uma desculpa inventada pelo Chanceler para prender e reprimir opositores políticos. Ele estava determinado a consolidar seu poder e eliminar quaisquer vozes dissidentes. Ao acusar falsamente seus inimigos de traição, esperava transformá-los em párias e justificar sua opressão.
Na prisão, fui levado para uma sala de interrogatório e acusado de conspirar para derrubar o Chanceler. Neguei enfaticamente, apenas para ser torturado por informações que não possuía. Em meio a gritos e dor, percebi que os soldados já tinham decidido minha culpa e só torturavam enquanto eu não confessasse. Finalmente, quando a escuridão da inconsciência começou a envolver minha mente, sussurrei uma confissão pateta apenas para que a tortura cessasse.
No dia seguinte, fui forçado a reafirmar publicamente minha confissão diante de uma multidão na praça central da cidade. Proferi minhas mentiras com lábios inchados, mente entorpecida e corpo dolorido, trazendo grande júbilo aos partidários do Chanceler. Sua estratégia funcionou. Mesmo que alguns duvidassem da veracidade da conspiração, minha confissão pública convenceria muitos da culpa da oposição. Em um único golpe, o Chanceler destruiu seus principais inimigos políticos e estabeleceu uma firme pegada em seu governo despótico.
Na sequência, dezenas de outros senadores e figuras da oposição foram presos, torturados e forçados a confessar participação nesta conspiração fictícia. Cada nova detenção e confissão fortalecia a posição do Chanceler, até que sua tirania se tornou inquestionável. Ele dissolveu o Senado e consolidou todo o poder sob su comando. Aqueles que ousassem criticar seu regime enfrentariam culpa por traição e severa punição.
E assim, através de mentiras, medo e opressão, o Chanceler extinguiu a oposição e estabeleceu um governo ditatorial.
O Chanceler olhou da janela de seu palácio, observando enquanto os últimos resquícios de oposição eram esmagados nas ruas abaixo.
Sua estratégia fora brilhante. Ao anunciar que havia descoberto uma conspiração para derrubá-lo, pudera prender seus inimigos políticos sob a acusação de traição. Um por um, eles foram torturados e obrigados a confessar sua participação na trama, mesmo que nenhuma tal conspiração existisse.
Cada nova confissão e execução fortalecia seu poder, alimentando o medo do povo e a legitimação de sua autocracia. Aqueles que ousavam levantar qualquer dúvida sobre a veracidade do complô logo se juntavam aos traidores na forca ou no pelourinho. Em pouco tempo, ninguém se atrevia a questionar a palavra do Chanceler ou a autoridade suprema que ele reivindicava.
A conspiração fora uma fraude, é claro. Uma mentira inventada por mentes astutas dentro do regime, conhecedoras do poder de narrativas convincentes.
O Chanceler compreendeu imediatamente como tornar a fraude em verossimilhança, conduzindo invasões de residências noturnas, detenções públicas e julgamentos mostras para provar a seriedade da ameaça. O pânico induzido entre a população acabou por convencê-los da autenticidade do complô, ou pelo menos dissuadiu-os de questioná-la.
Assim, através do medo, do engano e da opressão, o Chanceler destruiu seus inimigos e consolidou sua tirania absoluta. O golpe de estado que ele denunciou nunca existiu, nada mais do que uma história inventada para subjugar o povo e acabar com qualquer oposição ao seu comando. Aqueles que se atreveram a desafiar sua narrativa logo aprenderam o quão perigosa a verdade poderia ser. Melhor permanecer em silêncio, viver de joelhos e rezar para passar despercebido pelos olhos vigilantes do Chanceler.
A liberdade morrera, estrangulada por mentiras e medo. E a tirania triunfara, edificada sobre os escombros da verdade e amarrada com as correntes da opressão.
O golpe de estado que ele denunciou nunca existiu, não passando de uma narrativa inventada para justificar a tirania. Mas fez seu trabalho com eficiência, e as consequências persistem até hoje. Recordo aqueles eventos sombrios enquanto permaneço enjaulado nesta torre, observando silenciosamente enquanto a liberdade se extingue neste reino outrora justo.
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