Indústria brasileira teme acordo com UE, mas protecionismo é o caminho?
O presidente Lula vem adotando um discurso duro contra o acordo, afirmando que em sua forma atual representa uma "ameaça inaceitável" aos interesses brasileiros. Ele critica especialmente a proposta de redução nas tarifas de importação de produtos industrializados da UE, que entrariam no Brasil com taxas menores que as aplicadas atualmente.
Críticas de Lula expõem impasse nas negociações do acordo Mercosul-UE |
Isso, segundo Lula, poderia devastar setores industriais brasileiros que não teriam competitividade diante dos similares europeus, mais eficientes e subsidiados. O segmento automotivo é um dos que manifestam maior resistência, temendo uma invasão de carros e autopeças da UE prejudicando a indústria nacional.
Outros setores críticos são o químico, farmacêutico, têxtil, de bebidas e máquinas e equipamentos. Estudos apontam risco de desindustrialização caso não haja salvaguardas e períodos de adaptação.
Lula também questiona as barreiras impostas pela UE a produtos agrícolas do interesse brasileiro, como carnes, açúcar e etanol. Não aceita que o acordo represente uma via unilateral de acesso da Europa ao mercado do Mercosul. Para críticos, o Brasil precisa adotar posição de maior firmeza nessas renegociações.
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Há argumentos válidos nos dois lados dessa questão controversa
Por um lado, as críticas de Lula têm sustentação, pois há riscos reais de impactos negativos em setores industriais brasileiros despreparados para enfrentar a concorrência europeia. A abertura repentina, sem período de adaptação, pode levar à desindustrialização. Também é razoável questionar as barreiras que permanecem para produtos agrícolas do interesse brasileiro.
Por outro lado, acusar o acordo de ser uma "ameaça inaceitável" soa exagerado e pode ser mera retórica política de Lula. O Brasil também se beneficiaria do livre comércio em diversas áreas. E protecionismos prolongados acabam gerando ineficiências. Portanto, é discutível se simplyemente rejeitar o acordo é a melhor estratégia para o desenvolvimento do país.
Em suma, o posicionamento de Lula é compreensível e destaca riscos importantes, mas também contém certo alarmismo e interesses políticos. Uma análise equilibrada sugere que o acordo pode trazer benefícios mútuos, desde que sejam feitos ajustes para adequá-lo à realidade brasileira, garantindo períodos de transição e salvaguardas para minimizar prejuízos a setores mais sensíveis da indústria nacional.
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