BA.2.86: Preciso me preocupar com o Covid-19 novamente?

A Organização Mundial da Saúde e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA estão monitorando uma nova subvariante do vírus da COVID-19 chamada BA.2.86. Até o momento, foram detectados seis casos em quatro países desde o final de julho.

Teste covid

A BA.2.86 tem 36 mutações que a diferenciam da subvariante XBB.1.5, atualmente dominante. Não há evidências ainda de que ela se espalhe mais rapidamente ou cause doenças mais graves. Porém, o alto número de mutações levou as autoridades de saúde a vigilância.

As infecções e hospitalizações por COVID têm aumentado globalmente, impulsionadas pela subvariante Eris, derivada da linhagem Ômicron. Nos últimos dias, foi documentado um caso de BA.2.86 nos EUA, Reino Unido, Israel e três na Dinamarca.

Segundo os cientistas, a BA.2.86 deriva de um ramo anterior do coronavírus, então difere das variantes visadas pelas vacinas atuais. Ainda não se sabe se terá vantagem em transmissibilidade ou escape imunológico. Porém, sua disseminação rápida é preocupante, dadas as poucas análises genômicas realizadas atualmente.

Suas muitas mutações tornam a BA.2.86 muito diferente das variantes anteriores. A questão central é se será altamente transmissível. Se assim for, tenderá a causar mais casos, internações e mortes em populações vulneráveis.

Até o momento, porém, não há indícios de que a BA.2.86 cause doenças mais graves. Também ainda não há dados sobre riscos específicos que possa representar para a saúde pública além das cepas em circulação.

As vacinas ainda devem conferir proteção contra casos graves e mortes. As doses de reforço atualizadas em desenvolvimento miram a subvariante XBB.1.5. Dados preliminares sugerem que elas também podem ser promissoras contra novas variantes como a Eris e BA.2.86.

Portanto, apesar do surgimento de novas subvariantes, os conselhos das autoridades se mantêm: completar o esquema vacinal, incluindo doses de reforço, uso de máscaras e distanciamento quando apropriado. A vigilância genômica e os estudos sobre eficácia vacinal são vitais para combater possíveis novas ondas pandêmicas.

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