Em 1950, o médico Serge Udovikoff enfrentou uma situação dramática na estação de pesquisa da Ilha Heard, na Antártica Australiana. Sofrendo de apendicite aguda, ele propôs realizar uma cirurgia em si mesmo por volta da meia-noite, na ausência de qualquer outro médico.
Apêndice: caso de médico na Antártica mudou protocolos |
Remoção solitária do apêndice marcou medicina antártica
O navio Port Phillip partiu em direção à ilha com dois médicos a bordo, mas não chegaria antes de segunda-feira. Cirurgiões em Sydney expressaram surpresa, pois não conheciam nenhum caso bem sucedido de apendicectomia auto-realizada.
Udovikoff havia migrado para a Austrália no ano anterior e morava em um acampamento antes de se voluntariar para a expedição antártica. Amigos disseram que ele esperava obter permissão para clinicar na Austrália após sua experiência na Antártica.
Após receber seu pedido urgente de ajuda por rádio, o navio partiu de Londres em direção à ilha. Contudo, a Força Aérea Australiana não pôde enviar ajuda aérea devido à limitação de combustível para a viagem de ida e volta.
Cirurgiões em Sydney comentaram que um médico francês havia tentado remover o próprio apêndice sem sucesso alguns anos antes. Eles recomendavam tratamento conservador com antibióticos e drenagem, evitando a cirurgia solitária.
A situação de Udovikoff era, portanto, extremamente arriscada. Realizar uma complexa cirurgia abdominal sozinho, sem equipamentos adequados e com risco de infecção generalizada exigia coragem e determinação.
Felizmente, o médico sobreviveu à cirurgia de emergência, apesar das circunstâncias precárias. O caso se tornou uma referência da medicina na Antártica e levou ao estabelecimento de protocolos mais rígidos para evitar que outros passassem pelo mesmo drama no isolamento polar.
A necessidade de remover preventivamente o apêndice se tornou regra para médicos em estações antárticas a partir de então. Casos como o de Udovikoff exemplificam os desafios únicos da prática médica em ambiente isolado e hostil, onde o improviso e o instinto de sobrevivência podem significar a diferença entre a vida e a morte.
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