Constelações Familiares: entre a promessa de cura e as críticas sustentadas
Introdução
As Constelações Familiares são uma modalidade "terapêutica" controversa e polêmica que tem sido objeto de pesquisa e escrutínio ao longo de seus 30 anos de existência. Desenvolvidas por Bert Hellinger na década de 1990, essas práticas têm suscitado debates, questionamentos e curiosidade em diversos contextos, desde tribunais no México até programas acadêmicos e teses de doutorado. Este resumo crítico discutirá os fundamentos das Constelações Familiares, seu histórico e métodos, bem como os debates em torno de sua eficácia, ética e validade científica.
Origens e Fundamentos
As Constelações Familiares foram criadas por Bert Hellinger, um alemão que desenvolveu essa abordagem terapêutica após percorrer uma trajetória que incluiu ser padre na Igreja Católica, trabalho missionário na África do Sul e formação em psicoterapia. Hellinger combinou conhecimentos de psicologia, terapia dramática, terapia gestalt, regras bíblicas e estruturas familiares em sua abordagem. Suas observações nas comunidades rurais influenciaram a ideia de que padrões transgeracionais e hierarquia familiar têm um papel significativo nas dinâmicas familiares.
Fundamentos e Processo
Hellinger propôs três ordens básicas de vida: o direito de pertencer a um sistema familiar, a hierarquia do sistema familiar e o equilíbrio entre dar e receber. Ele argumentava que rupturas ou contravenções nessas ordens causam problemas, conhecidos como "emaranhados", que se manifestam em questões como doenças, vícios, depressão e ansiedade. As sessões de Constelações Familiares ocorrem em grupos, onde um "cliente" traz um problema e outros membros do grupo atuam como representantes da família. Os representantes são posicionados em um tapete e suas interações visuais e emocionais são observadas.
Controvérsias e Críticas
As Constelações Familiares têm sido criticadas por falta de base científica e por dependerem de observações pessoais de Hellinger. Algumas das opiniões controversas expressas por Hellinger, como questionamentos misóginos, antissemitas e homofóbicos, também geraram críticas. A falta de regulamentação na prática das Constelações Familiares levanta preocupações sobre a formação inadequada de facilitadores e o risco de potenciais danos psicológicos aos clientes. A abordagem também foi acusada de pseudociência devido à falta de evidências empíricas que sustentem seus princípios.
Eficácia e Reações dos Participantes
Apesar das críticas, há relatos de pessoas que experimentaram benefícios após sessões de Constelações Familiares. Alguns participantes afirmam ter vivenciado insights, clareza emocional e alívio de sintomas após as sessões. No entanto, a eficácia dessa abordagem não é amplamente aceita na comunidade científica e muitos profissionais de saúde mental são céticos quanto aos resultados relatados.
Conclusão
As Constelações Familiares são uma abordagem terapêutica controversa que mistura elementos de psicologia, espiritualidade e observações pessoais de seu fundador, Bert Hellinger. Embora alguns relatos positivos sejam apresentados, a falta de evidências científicas, questões éticas e a ausência de regulamentação são preocupações significativas. A abordagem permanece no centro de debates sobre sua validade e potencial para causar mais dano do que benefício. Portanto, enquanto as Constelações Familiares podem ter impactos individuais positivos, sua eficácia e ética continuam sendo tópicos de discussão na comunidade terapêutica e científica.
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