El Niño está de volta - prepare-se para a seca, fome e doenças
El Niño |
O fenômeno climático El Niño, que causa o aquecimento das águas do Pacífico, retornou após três anos consecutive de La Niña e deve prevalecer até 2024, alertaram cientistas. Somado ao aquecimento global, o padrão El Niño aumenta riscos locais de seca, fome e disseminação de doenças.
El Niño e La Niña são as duas fases opostas do chamado El Niño-Oscilação Sul (ENSO), um ciclo natural de aquecimento e resfriamento da superfície do Oceano Pacífico tropical. No El Niño, as águas se aquecem em aproximadamente 0,1°C.
Esse padrão climático afeta o clima da maior parte dos trópicos e alterna entre períodos quentes e frios a cada poucos anos, com duração e intensidade variáveis. Sua volta foi confirmada pela Organização Meteorológica Mundial.
Um especialista do governo dos EUA indicou 95% de chance do El Niño persistir até fevereiro de 2024. Ele ocorre enquanto a Terra continua batendo recordes de temperatura, com julho de 2022 sendo o mês mais quente já registrado.
Brasil sob a Influência do El Niño: Desafios Climáticos e Necessidade de Adaptação
Segundo cientistas, é importante considerar os efeitos localizados do El Niño ao fazer previsões, a fim de se preparar para secas e ameaças à segurança alimentar em regiões vulneráveis. Por exemplo, o padrão tende a prejudicar safras como o arroz na Ásia, levando países como a Índia a adotar medidas preventivas.
Historicamente, algumas áreas como a Etiópia sofrem secas recorrentes durante o El Niño, enquanto partes da América do Sul enfrentam secas e enchentes. O sul da Ásia também registra ondas de calor extremo. Identificar esses padrões ajuda na previsão e prevenção de desastres.
Além de impactos na agricultura, o calor repentino do El Niño afeta a saúde, podendo levar a mortes por insolação, problemas cardíacos e mentais. O principal efeito negativo costuma ser a proliferação de doenças infecciosas transmitidas por vetores, como malária e dengue, favorecidas pelo calor.
Especialistas alertam que, embora o El Niño seja um fenômeno natural e cíclico, seus impactos vêm se intensificando nas últimas décadas, possivelmente relacionado às mudanças climáticas. É necessário estudar suas interações com o clima para adaptar as populações aos riscos à saúde e à alimentação.
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Possíveis reflexos do El Niño no Brasil
O fenômeno El Niño tem influência no regime de chuvas em diversas regiões do Brasil. Historicamente, durante os anos de El Niño, o país tende a enfrentar períodos de estiagem ou seca na Região Sul, enquanto as chuvas aumentam no Norte e Nordeste.
No Sul, a diminuição das chuvas durante o El Niño está relacionada ao deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) para o norte do país. Já no Norte e Nordeste, o aquecimento das águas do Pacífico próximas à costa leva a uma maior evaporação e, consequentemente, mais umidade transportada pelos ventos alísios, resultando em chuvas acima da média.
Além do impacto na pluviosidade, o El Niño também pode ocasionar quebras de safras no Sul devido à escassez de chuvas. Na Região Nordeste, as chuvas acima da média aumentam o risco de enchentes e deslizamentos em áreas de maior vulnerabilidade social.
Portanto, em anos de El Niño, o Brasil precisa se preparar para enfrentar os efeitos destes padrões anômalos do clima, buscando mitigar os riscos de perdas agrícolas e desastres naturais, especialmente para as populações mais impactadas. Considerando as projeções de que o aquecimento global intensificará fenômenos como o El Niño, essas adaptações se tornam ainda mais urgentes e necessárias.
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