População cubana sofre com falta de médicos e remédios enquanto regime exporta profissionais
Apesar da grave crise que afeta o sistema de saúde em Cuba, com escassez de médicos e medicamentos, o regime cubano segue exportando profissionais de saúde para outros países. Na última sexta-feira, 100 professores de medicina cubanos desembarcaram no México.
Eles foram recebidos pelo vice-chefe da embaixada de Cuba e vão trabalhar em 50 campi da nova Universidade Benito Juárez para o Bem-Estar, com foco na formação em enfermagem e medicina. O México enfrenta escassez aguda de profissionais da saúde, sobretudo dispostos a atuar em áreas remotas e perigosas.
Os profissionais de Havana atualmente destacados no México reportariam ao regime da ilha mais de 1.177.300 euros por mês , o equivalente a 1.195.936,66 dólares, segundo o acordo assinado entre as autoridades de ambos os países , e que os legisladores locais denunciaram.Havana fica com pelo menos 75% do salário pago pelos países receptores para os médicos. Além disso, os profissionais de saúde cubanos enviados a missões no exterior estão sujeitos a estreita vigilância e cerceamento de suas liberdades fundamentais.
Além dos 100 professores recém-chegados, já atuam no México 700 médicos cubanos, número que deve subir para 1200 conforme acordos com o governo mexicano. Outros 781 médicos da ilha devem ser enviados para o estado de Michoacán, para suprir deficiências em especialidades como oncologia, neurologia e cardiologia, justamente aquelas com mais escassez em Cuba.
O regime cubano obtém lucros vultosos com a exportação de serviços médicos, repassando aos profissionais apenas cerca de 25% dos salários. O restante fica com o governo da ilha. Apesar das precárias condições internas, Havana busca ampliar essas “missões médicas” para obter divisas.
Recentemente, cerca de 200 médicos cubanos foram enviados à Itália e um novo grupo deve ser contratado por Portugal. No México, Havana deve receber mais de 1 milhão de euros por mês pelos serviços prestados pelos médicos da ilha.
Entretanto, o sistema de saúde cubano vem enfrentando um êxodo de profissionais e graves carências. Segundo o Instituto Nacional de Estatística de Cuba, havia 12 mil médicos a menos em 2022 que no ano anterior. De 2008 a 2018, 98 mil postos de trabalho no setor foram extintos.
Pesquisa do projeto Cubadata constatou que 57,6% dos cubanos têm grande dificuldade ou acham impossível conseguir atendimento médico na ilha atualmente. Faltam desde medicamentos básicos a especialistas para tratar doenças graves ou realizar cirurgias complexas.
Cuba exporta médicos ao México enquanto população sofre com escassez em hospitais
A exportação de médicos vem sendo criticada por entidades de direitos humanos e pela ONU, que alertam sobre indícios de trabalho forçado e escravidão moderna. Os profissionais cubanos não podem levar suas famílias, têm passaportes retidos pela ditadura e são monitorados.
Diplomatas cubanos recebem professores de Medicina da Ilha exportados para o México |
Havana lucra com exportação de médicos enquanto sistema de saúde em Cuba desmorona
No Quênia, dois médicos cubanos foram sequestrados em 2019 por um grupo terrorista e ainda estão desaparecidos. Após o caso, os médicos da ilha no país africano foram realocados para zonas menos perigosas. Mas mesmo sob risco, eles não podem se recusar a trabalhar onde o regime cubano determinar.
No México, organizações sociais e a oposição questionam o acordo com Cuba, ressaltando que milhares de médicos mexicanos estão desempregados e com pedidos por melhores condições desatendidos. Especialistas cubanos no país vizinho não seriam especializados e integrariam as Forças Armadas cubanas.
Enquanto envia médicos ao exterior, Cuba não consegue suprir as necessidades internas de sua população. A exportação se dá às custas do desmantelamento do sistema de saúde cubano, outrora referência na América Latina. A crise sanitária na ilha se aprofunda, marcada pela escassez e pelo desespero de pacientes que não conseguem tratamento.
AR News
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