CFM e ABP anticipem debate no Senado e criticam liberação da maconha
Entidades médicas publicam nota contra legalização da cannabis |
Posição contra maconha: CFM e psiquiatras querem evitar riscos à saúde
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) emitiram posicionamento contrário à descriminalização da maconha no Brasil.
As entidades alegam que a liberação do uso da substância pode aumentar o consumo, trazendo riscos à saúde individual e coletiva. Além disso, defendem que facilitar o acesso à maconha fortalece o narcotráfico e organizações criminosas.
O CFM e a ABP ressaltam os prejuízos do uso da cannabis para a saúde mental, especialmente entre adolescentes e adultos jovens. Dessa forma, ambas as instituições médicas se colocam contra qualquer iniciativa de descriminalização ou legalização da maconha no país.
Médicos se posicionam contra descriminalização da maconha
NOTA AOS BRASILEIROS
CFM e ABP reiteram posição contra descriminalização da maconha e pedem medidas de apoio à população
Diante da retomada do debate público sobre a descriminalização da maconha no País, após a manifestação de diferentes autoridades, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) reiteram, publicamente, o posicionamento de ambas as instituições contra essa liberação por entenderem que medida dessa natureza pode resultar no aumento do consumo, no comprometimento da saúde (de indivíduos e pública) e no fortalecimento do narcotráfico.
Para o CFM e a ABP, o consumo da maconha – mesmo sob alegação "medicinal" - representa riscos à saúde de forma individual e coletiva. Trata-se de droga que causa dependência gravíssima, com importantíssimos danos físicos e mentais, inclusive precipitando quadros psicóticos (alguns não reversíveis) ou agravando sintomas e a evolução de padecentes de comorbidades mentais de qualquer natureza, dificultando seu tratamento, levando a prejuízos para toda a vida.
Além disso, o consumo de drogas também contribui para a maior incidência de acidentes de trânsito, homicídios e suicídios, com redução no mundo e aumento no brasil. Considera-se, ainda, que a descriminalização, ao aumentar o consumo, também amplia o poder do tráfico, contribuindo para maiores índices de violência.
Não há experiência histórica ou evidência científica que mostre melhoria com a descriminalização de drogas ilícitas. Pelo contrário, é nos países com maior rigor no enfrentamento às drogas que há diminuição do número de casos de dependência química e de violência relacionada ao consumo e tráfico dessas substâncias. No Brasil, um exemplo dessa abordagem é o combate ao tabagismo que caiu de um índice de consumo de 50%, na população em geral, para cerca de 10%.
Contra os riscos embutidos nesse debate, o Estado brasileiro deveria investir em estratégias efetivas para o combate ao tráfico de drogas, fortalecer ações preventivas e educativas, especialmente junto à população social e economicamente mais vulnerável, e ampliar e qualificar a rede de assistência médica e psicossocial aos usuários.
Assim, o CFM e a ABP – com base em argumentos técnicos e éticos – e em defesa dos interesses da maioria da população, que sofre as consequências geradas por esse problema grave e complexo, com impacto negativo na saúde e na segurança, individual e coletiva, apelam para que esse tema seja analisado com o devido critério, ouvindo a sociedade e buscando soluções que atendam aos interesses da Nação.
Brasília, 16 de agosto de 2023.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA
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