O Telescópio VLA detecta megatempestades em Saturno que afetam a atmosfera profunda do grande planeta gasoso de maneiras surpreendentes. Uma pesquisa da camada mais interna da atmosfera de Saturno revela perturbações significativas concentradas em torno dessas tempestades.
Usando dados do Karl G. Jansky Very Large Array da National Science Foundation, um estudo sobre megatempestades raras em Saturno identificou alterações na distribuição de gás amônia na atmosfera mais profunda do planeta. Essas descobertas levantam dúvidas sobre as possíveis variações entre os gigantes gasosos e desafiam a compreensão dos cientistas sobre a formação de megatempestades em planetas além da Terra. Esses resultados foram publicados na revista Science Advances.
Descobertas do VLA: Anomalias Atmosféricas e Megatempestades em Saturno
É necessário utilizar observações em rádio para entender o impacto dessas tempestades em Saturno. Essas megatempestades ocorrem a cada 20-30 anos e têm semelhanças com furacões na Terra, porém em uma escala muito maior. A diferença chave está no fato de que, na Terra, furacões são alimentados pela energia do oceano, enquanto em Saturno, essas tempestades se formam sem a influência de um oceano subjacente. Isso leva os pesquisadores a questionar a formação de padrões climáticos no planeta gasoso, a fonte de energia que as sustenta e quais resultados únicos podem surgir. Investigar essas megatempestades exigiu análises das camadas atmosféricas abaixo das nuvens, que não são visíveis ao olho humano, tornando o uso do VLA crucial nesse estudo.
Imke de Pater, astrônomo da UC-Berkeley e coautor do estudo, tem estudado gigantes gasosos com o VLA há mais de quatro décadas para compreender melhor sua composição e características distintas. Ela ressalta que as observações em rádio permitem investigar abaixo das camadas visíveis de nuvens presentes nos planetas gigantes, o que é fundamental para entender a verdadeira composição atmosférica e, assim, a formação desses planetas.
Os resultados revelaram que essas megatempestades provocaram movimentos de amônia na atmosfera de Saturno. Utilizando a capacidade do rádio para penetrar nas nuvens da troposfera, a equipe de pesquisa descobriu anomalias na concentração de amônia na atmosfera saturniana, associando essas anomalias a megatempestades ocorridas no hemisfério norte do planeta. A concentração de amônia foi observada como mais baixa em altitudes médias, mas mais alta em altitudes mais baixas. Os cientistas acreditam que esse transporte de amônia ocorre da atmosfera superior para a inferior através de processos de precipitação e reevaporação, podendo durar centenas de anos.
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O estudo também destacou as diferenças notáveis entre Saturno e Júpiter, ambos compostos principalmente de hidrogênio gasoso. Embora ambos os planetas apresentem anomalias em suas troposferas, em Júpiter essas anomalias estão associadas a zonas claras e cinturões escuros, não sendo causadas por tempestades como ocorre em Saturno. Essas discrepâncias fundamentais entre esses gigantes gasosos vizinhos estão desafiando o conhecimento atual sobre a formação de megatempestades nesses tipos de planetas, o que pode fornecer insights valiosos para a pesquisa de exoplanetas no futuro.
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Cheng Li, astrônomo da Universidade de Michigan-Ann Arbor e autor principal do estudo, enfatizou que entender os mecanismos por trás das maiores tempestades do Sistema Solar coloca o estudo de furacões em um contexto cósmico mais amplo, expandindo nosso conhecimento atual e empurrando os limites da meteorologia terrestre.
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