As mulheres e a Partição: nuances de trauma, violência e adaptação
A divisão da Índia em 1947 teve consequências devastadoras para as mulheres. A região foi dividida em Índia majoritariamente hindu e Paquistão majoritariamente muçulmano, gerando violência comunitária sem precedentes. As mulheres, que passaram a representar a "honra" familiar e religiosa, sofreram imensamente.
As mulheres enfrentaram violência indescritível de estranhos e familiares. Maridos, pais, irmãos e filhos se tornaram assassinos em nome da honra familiar. Muitas mulheres sikhs foram mortas por parentes para impedir conversões. Há relatos de estupros, mutilações e corpos marcados com símbolos religiosos.
Violência, perda e resiliência: as experiências das mulheres com a Partição |
Partição da Índia: as complexas histórias das mulheres retiradas de suas famílias
Em Thoa Khalsa, cerca de 90 mulheres pularam em um poço para evitar o inimigo. Algumas podem ter escolhido isso, mas outras se sentiram forçadas pelas circunstâncias. Depois, às sobreviventes foi negada qualquer escolha.
Sob a Operação de Recuperação Central, Índia e Paquistão devolveram mulheres sequestradas durante a Partição. Mas muitas já haviam se convertido, casado e formado novas famílias. Sua "recuperação" foi contra a vontade delas.
Algumas lamentaram deixar os filhos para trás quando repatriadas. Com medo de punição por serem "impuras", preferiram viver em abrigos a se juntar às famílias.
O tratado de 1947 legalizou a Operação de Recuperação, levando a uma lei estritamente imposta até 1957. As autoras questionam por que o governo indiano seguiu esse plano, apesar da resistência das mulheres supostamente beneficiadas.
Elas argumentam que presumir que as mulheres viviam em miséria e seus sequestradores eram monstros é falso. Algumas estavam felizes em suas novas vidas. A "recuperação" as privou de escolhas.
As experiências das mulheres com a Partição foram complexas. Muitas sofreram violência e perda. Mas algumas encontraram nova identidade e propósito nas comunidades onde acabaram. Privar as sobreviventes de escolha foi outro ato de violência.
A Partição e seus impactos continuam a moldar as relações entre Índia, Paquistão e Bangladesh. Integrar as experiências das mulheres enriquece nossa compreensão desse legado. Seus relatos desafiam a noção de que eram apenas vítimas passivas dos eventos. Capturam as nuances de como indivíduos lidam com rupturas cataclísmicas.
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Recovery, Rupture, Resistance: Indian State and Abduction of Women during Partition
By: Ritu Menon and Kamla Bhasin
Economic and Political Weekly, Vol. 28, No. 17 (April 24, 1993), pp. WS2–WS11
Economic and Political Weekly
Community, State and Gender: On Women’s Agency during Partition
By: Urvashi Butalia
Economic and Political Weekly, Vol. 28, No. 17 (April 24, 1993), pp. WS12–WS21+WS24
Economic and Political Weekly
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