Eleições na Venezuela: oposição busca candidato para enfrentar Maduro
O presidente da Comissão Nacional de Primárias (CNDP) da Venezuela, Jesús María Casal, reiterou que em 22 de outubro será escolhido o candidato da oposição que enfrentará o presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 2024. Casal admitiu que precisarão fazer um "esforço gigantesco" para cumprir o cronograma, após a renúncia da vice-presidente da CNDP, Maria Carolina Uzcátegui.
Comissão das primárias da oposição na Venezuela descarta adiamento das eleições
Uzcátegui argumentou que não havia condições para garantir uma ampla convocação, em parte devido à incapacidade de instalar centros de votação suficientes. Sua renúncia é mais um obstáculo que a fragmentada oposição a Maduro precisa superar para escolher um candidato único. Em junho, Casal anunciou que a CNDP organziaria uma votação manual e autogerida, após a renúncia da diretoria do Conselho Nacional Eleitoral.
A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo chavismo, convocou um processo para eleger novas autoridades eleitorais. Essa infraestrutura é fundamental para alcançar todos os cantos do país.
Caminho difícil para oposição venezuelana escolher candidato único
Na segunda-feira, Casal informou que ativarão 3.106 centros de votação em pontos do território nacional, com 5.000 mesas de voto. Os centros poderão receber 20.342.024 eleitores. Um assessor afirmou que com esse número poderão abranger 100% dos municípios e 97,5% das paróquias, ou seja, 1.113 das 1.141 do país.
Casal disse que poderão votar venezuelanos inscritos no corte de maio do Registro Eleitoral. Cerca de 300.000 venezuelanos no exterior também poderão participar. As eleições presidenciais devem ocorrer em 2023, mas a data não foi anunciada.
A oposição venezuelana busca um candidato capaz de derrotar Maduro ou pelo menos disputar uma eleição competitiva. Mas a tarefa não é fácil, dadas as profundas divisões entre partidos e líderes anti-chavistas. Alguns defendem um boicote eleitoral, alegando que com Maduro no poder não pode haver eleições livres e justas.
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Outros argumentam que não podem simplesmente entregar a eleição sem lutar. Uma candidatura única da oposição, escolhida em primárias transparentes, talvez seja a melhor chance de galvanizar o eleitorado insatisfeito e capitalizar no descontentamento com a crise econômica.
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Maduro, por sua vez, buscará garantir uma vitória confortável para obter mais um mandato de 6 anos. Seu governo já deu sinais de que tentará limitar o alcance da oposição. A escolha de autoridades eleitorais aliadas é uma peça chave nessa estratégia.
Resta ver se a CNDP conseguirá organizar um processo de primárias crível em meio a tempo e recursos limitados. A participação maciça dos venezuelanos seria um sinal poderoso de vitalidade da oposição. Mas as chances de derrotar a poderosa máquina eleitoral chavista ainda parecem distantes.
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