Deixar seus Filhos Vivenciarem a Frustração: Um Valioso Presente para o Futuro
Permitir que as crianças resolvam os seus próprios desafios é mais do que uma simples abordagem na educação – é um investimento em seu crescimento, confiança e capacidade de navegar em um mundo complexo. O conceito de "frustração ótima", cunhado por Heinz Kohut em 1971, destaca a importância de encontrar o equilíbrio certo entre o apoio parental e a independência infantil. Embora seja natural desejar uma vida tranquila e livre de obstáculos para nossos filhos, essa abordagem bem-intencionada pode ter efeitos contraproducentes a longo prazo, deixando-os despreparados para lidar com os desafios inevitáveis da vida.
Como Deixar as Crianças Enfrentarem Desafios: Construindo Confiança e Autonomia
Frustração Construtiva
Em nossa jornada como pais, muitas vezes nos deparamos com o desejo de tornar a vida de nossos filhos mais fácil. Esse desejo pode ser enraizado no amor incondicional que sentimos por eles, mas também pode ser influenciado pelo nosso próprio senso de competição ou até por questões não resolvidas de nossa própria infância. No entanto, essa abordagem de eliminar obstáculos e resolver problemas por eles não os ajuda a desenvolver as habilidades necessárias para enfrentar as complexidades da vida adulta.
Por um lado, existe o extremo da negligência, onde as crianças não recebem o suporte necessário para desenvolver suas capacidades e enfrentar desafios. Isso resulta em uma vida constantemente frustrante, distante do ideal. No entanto, o oposto também é verdadeiro, onde os pais se tornam "pais limpadores de neve", removendo todos os obstáculos do caminho de seus filhos para garantir uma jornada tranquila. No entanto, como a vida nunca está livre de obstáculos, é crucial questionar se nossos filhos estarão preparados para superá-los quando não estivermos por perto para facilitar as coisas.
A Delicada arte de equilibrar apoio e frustração na educação infantil
A "frustração ótima" envolve permitir que as crianças descubram e resolvam por conta própria, intervindo apenas quando a situação se torna esmagadora. Nesse ponto, os pais oferecem apoio suficiente para que a criança experimente uma sensação de conquista ao superar o desafio. Isso se alinha com a teoria do desenvolvimento proximal de Lev Vygotsky, que preconiza o uso de "andaimes" para auxiliar a aprendizagem na zona de desenvolvimento próximo da criança.
Implementar a frustração ótima não requer medidas complexas. Para crianças mais novas, isso pode significar fornecer brinquedos adequados à idade e permitir que eles explorem e aprendam por conta própria. À medida que envelhecem, desafios progressivamente mais complexos, sem intervenção dos pais, podem aumentar gradualmente sua responsabilidade e confiança.
No caso de adolescentes, encorajá-los a resolver problemas acadêmicos por si mesmos promove a autonomia. Alguns até tomam a iniciativa de buscar consultas de terapia, demonstrando uma compreensão precoce das ferramentas disponíveis para seu bem-estar mental. Aqueles que aprendem a lidar com responsabilidades acadêmicas e emocionais de forma independente estão melhor preparados para a vida adulta.
No entanto, é importante não confundir a frustração construtiva com a sobrecarga. Empenhar-se em tarefas excessivamente desafiadoras para uma criança de qualquer idade pode ser prejudicial para o seu crescimento. Nesses momentos, os pais têm um papel vital em fornecer apoio emocional, ajudando-os a enfrentar o desafio, mas sem resolver tudo por eles.
Jean Piaget, renomado psicólogo infantil, resumiu isso brilhantemente: "Cada vez que ensinamos algo a uma criança, evitamos que ela mesma o invente." Permitir que eles experimentem a frustração e resolvam seus desafios é uma das melhores formas de prepará-los para um futuro bem-sucedido e satisfatório. Portanto, ao abraçar a frustração ótima, estamos, na verdade, dando um presente valioso a nossos filhos - a capacidade de prosperar diante das adversidades e crescer como indivíduos resilientes e confiantes.
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Kurt Ela, Psy.D., é psicólogo clínico e psicanalista e professor associado da Escola de Medicina da Universidade de Georgetown.
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