Variante genética pode explicar cargas virais mais baixas de HIV em indivíduos africanos
Ilustração:Retrato de uma médica afro-americana em pé no hospital |
Principais pontos da pesquisa:
- Uma nova variante genética foi descoberta que pode explicar por que algumas pessoas de ascendência africana têm cargas virais naturalmente mais baixas de HIV. Essa variante ocorre em cerca de 4-13% dessas pessoas.
- A variante reduz o risco de transmissão do HIV e retarda a progressão da própria doença. É a primeira nova variante genética relacionada ao HIV descoberta em quase 30 anos.
- A descoberta pode impulsionar o desenvolvimento de novos tratamentos para pessoas vivendo com HIV. O gene parece ser importante para controlar a carga viral em pessoas de ascendência africana.
- O estudo analisou o DNA de quase 4.000 pessoas de ascendência africana vivendo com HIV. Identificou a variante numa região do cromossomo 1 contendo o gene CHD1L.
- Ainda não está claro como a variante ajuda a reduzir a carga viral, mas parece estar relacionada à replicação do HIV em um tipo de célula imune chamada macrófago.
- Mais estudos são necessários para entender exatamente como a variante controla a replicação do HIV. A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de novas estratégias de tratamento e prevenção do HIV no futuro.
AR News |
O HIV continua sendo um grave problema de saúde pública global, com cerca de 38 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo em 2021. Embora os tratamentos antirretrovirais disponíveis atualmente sejam eficazes em controlar a replicação do vírus e permitir que os pacientes levem uma vida normal, ainda não há cura ou vacina para o HIV. Além disso, 1,5 milhão de novas infecções ocorreram em 2021, destacando a necessidade de novas estratégias de prevenção e tratamento.
Nesse contexto, o estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge representa um avanço significativo. Através da análise genética de quase 4.000 pessoas de ascendência africana infectadas pelo HIV, os pesquisadores identificaram uma nova variante genética que ocorre em 4-13% dessa população e está associada a cargas virais naturalmente mais baixas. Essa variante ocorre em uma região do cromossomo 1 que contém o gene CHD1L.
A descoberta é notável por vários motivos. Em primeiro lugar, é a primeira nova variante genética relacionada à infecção por HIV identificada em quase 30 anos de pesquisa, destacando o quanto ainda há para ser descoberto sobre a interação entre genética humana e o HIV. Em segundo lugar, a maioria dos estudos genéticos anteriores foram feitos em populações europeias, enquanto essa variante só ocorre em populações africanas, as mais afetadas pela epidemia de HIV. Isso ressalta a importância de incluir mais diversidade genética nas pesquisas biomédicas.
Variante genética afeta replicação do HIV em células imunes de indivíduos africanos
Por fim, embora os mecanismos precisem ser elucidados, a variante parece conferir algum grau de proteção natural contra a progressão da infecção pelo HIV. Isso pode eventualmente levar ao desenvolvimento de novos tratamentos que mimetizem esse efeito protetor. Além disso, compreender como a variante afeta a replicação viral pode revelar novos alvos terapêuticos.
Em resumo, o estudo representa um progresso científico crucial, destacando a importância da diversidade genética nas pesquisas sobre HIV/AIDS, e abrindo novas e promissoras avenidas para o desenvolvimento de melhores abordagens preventivas e terapêuticas contra essa epidemia global.
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