Boletim Epidemiológico de Monkeypox nº 24 (COE)
02 de agosto de 2023
Boletim aponta 359 casos confirmados de Monkeypox no país em 2023
PONTOS-CHAVES
Foram registrados 359 casos confirmados ou prováveis em 104 municípios de 1o de janeiro até 30 de junho de 2023. Os municípios que apresentaram as maiores incidências nesse período foram Atílio Vivácqua-ES e Penha-SC, com 8,1 e 5,9 casos a cada 100 mil habitantes, respectivamente. A incidência em São Paulo (n = 64) e no Rio de Janeiro (n = 50), que concentraram o maior número de casos, foi de 0,5 e 0,7 casos a cada 100 mil habitantes, respectivamente .
Cabe ressaltar que a análise realizada diz respeito a municípios de residência declarada, a fim de subsidiar ações de quebra da cadeia de transmissão, como o rastreamento de contatos, e não refletem o local provável de infecção.
O sexo de nascimento predominante entre os casos confirmados e prováveis foi o masculino, com 90,8% (n = 9.925) dos registros, e a raça/cor negra e a branca representaram 42,4% (n = 4.639) e 40,9% (n = 4.472) dos casos, respectivamente . A completude de preenchimento da variável raça/ cor foi de 85,8%, com 1.552 registros de casos confirmáveis ou prováveis de mpox com preenchimento vazio ou ignorado.
A mediana de idade dos casos confirmados ou prováveis foi de 32 anos (IIQ: 27-38 anos). Quando analisada a distribuição dos casos segundo a faixa etária e o sexo de nascimento, observa-se que a maior frequência de casos entre o sexo masculino se concentra na faixa etária entre 30 e 39 anos (n = 4.116; 41,5%), seguida daqueles entre 18 e 29 anos (n = 3.484; 35,1%), enquanto os casos no sexo feminino se concentraram em indivíduos entre 18 e 29 anos (n = 301; 30,7%). Entre os casos confirmados ou prováveis na faixa etária de 0 a 4 anos, 65 eram do sexo masculino e 69, do sexo feminino .
No que diz respeito à identidade de gênero, 7.626 (69,8%) identificaram-se como homens cis. A completude de preenchimento da variável foi de 80,2%, e 2.177 casos não declararam sua identidade de gênero
identidade de gênero |
Casos confirmados e prováveis de mpox segundo a orientação sexual e o sexo de nascimento – 1o de junho de 2022 a 30 de junho de 2023, Brasil (n = 10.907*) |
No que se refere aos sinais e aos sintomas dos casos confirmados e prováveis de mpox, os mais frequentes foram: erupções (n = 7.208; 66,9%), febre (n = 6.309; 58,5%), lesão genital (n = 4.810; 44,6%) e dor de cabeça (n = 4.272; 39,6%). Cerca de 98,4% dos casos relataram pelo menos um sinal ou sintoma (n = 10.756)
Quanto à evolução clínica dos casos confirmados e prováveis, ocorreram 14 óbitos por outras causas, 300 (2,7%) casos foram hospitalizados para manejo clínico, 64 (0,6%), para isolamento, 177 (1,6%) não tinham motivos conhecidos para hospitalização e 34 (0,3%) tiveram registro de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).
Até 30 de junho de 2023 foram relatados 16 óbitos por mpox no Brasil. As UFs de residência dos casos que vieram a óbito foram Rio de Janeiro (n = 5), Minas Gerais (n = 4), São Paulo (n = 3), Mato Grosso (n = 1), Maranhão (n = 1), Santa Catarina (n = 1) e Pará (n = 1). A mediana de idade foi de 31 anos (IIQ 26 – 36,2 anos). Todos eram do sexo masculino, da raça/cor negra (n = 8) ou branca (n = 8). Quanto à orientação sexual, seis declararam ser homossexuais, dois, bissexuais, um, heterossexual, um não se identificou com nenhuma das opções e em seis casos não há essa informação.
Os principais sinais e sintomas foram febre e múltiplas erupções, predominantemente genitais. Quinze pacientes eram imunossuprimidos, vivendo com HIV. Quatorze pacientes foram hospitalizados para tratamento clínico, e em dois casos não há informação quanto ao motivo da hospitalização. Oito necessitaram de internação em UTI. Cinco pacientes foram tratados com antivirais de uso emergencial em pacientes graves, porém não houve melhora. Cabe destacar que o medicamento não apresentou nenhum evento adverso e não contribuiu para o desfecho.
A média entre a data de início dos sintomas e o óbito foi 58,6 dias, e entre a data de início dos sintomas e a necessidade de internação para tratamento clínico foi de 26,4 dias. Os dados reforçam que os imunossuprimidos constituem um grupo de risco importante, com aumento de chances de evolução para casos graves, podendo levá-los à morte.
Na análise da distribuição espacial dos casos confirmados e prováveis segundo a região de residência, observa-se a maior concentração dos casos nas Regiões Sudeste (n = 6.534; 60,6%) e Nordeste (n = 1.522; 14,1%). Quando avaliadas as incidências, as maiores são observadas no Sudeste e no Centro-Oeste, com 7,3 e 7,1 casos a cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Distribuição MPOX |
O maior número de casos confirmados e prováveis, conforme dados até 31 de maio de 2023, encontra-se no Estado de São Paulo, com 38,7% (n = 4.234), seguido do Rio de Janeiro, com 13,3% (n = 1.454) (Figura 13). Com relação às incidências, Distrito Federal e São Paulo apresentaram, respectivamente, 9,9 e 9,1 casos a cada 100 mil habitantes (Figura 13). Para os casos notificados em 2023 (n = 359), as duas UFs que concentraram o maior número de casos também foram São Paulo – 23,1% (n = 83) – e Rio de Janeiro – 18,9% (n = 68).
Incidência* e casos confirmados e prováveis de mpox segundo a UF de residência – 1o de junho de 2022 a 30 de junho de 2023, Brasil (n = 10.931) |
No Brasil, dos 5.570 municípios, 648 (11,6%) registraram pelo menos um caso confirmado ou provável de mpox. Os municípios de São Paulo (n = 3.026), Rio de Janeiro (n = 1.062) e Goiânia (n = 420) foram os que registraram o maior número de casos confirmados ou prováveis
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