Abusos sexuais em prisões de Cuba expõem violação de direitos humanos
Relatório de tortura em Cuba |
Violência sexual em prisões de Cuba é denunciada por ex-prisioneiro político
O ex-preso político cubano Julio César Morales González denunciou recentemente que sofreu abuso sexual durante o tempo em que esteve preso na prisão El Yayal, em Holguín, Cuba. Em depoimento, Morales afirmou que esse tipo de violência é comum no sistema prisional cubano, onde os guardas utilizam frequentemente espancamentos e tratamentos cruéis e degradantes para subjugar os detentos.
Morales foi condenado em 1993 a seis anos de prisão pelo suposto crime de sabotagem, por ter quebrado uma janela de um cinema. Posteriormente, teve a pena estendida em mais seis anos por defender outro preso de uma surra e escrever slogans contra Fidel Castro nas paredes da prisão. No total, acabou cumprindo 12 anos.
O ex-prisioneiro política relatou que um dos piores momentos foi quando ficou confinado num regime prisional especial, local destinado à tortura psicológica e física dos detentos como forma de punição e controle. Foi nesse contexto que sofreu a agressão sexual.
Cuba:abuso sexual e uso da prisão para reprimir dissidentes
De acordo com Morales, o abuso sexual é uma prática recorrente e os presos são tratados "como feras" e transferidos entre as prisões à espera de serem humilhados sexualmente pelos guardas. Ele mesmo foi vítima desse tipo de violência.
Sua mãe, a ativista Rosaida González Escalona, também denuncia o tratamento desumano dado a seu filho. Ela lembra que certa vez Morales foi tão brutalmente espancado na rua que fraturou a mandíbula e o nariz, precisando se alimentar por uma sonda. Os agressores teriam agido a mando da Segurança do Estado.
O relato de Morales se soma a outras denúncias de violência sexual dentro do sistema prisional e policial cubano. Recentemente, a ativista Diasniurka Salcedo disse ter sido estuprada por dois agentes da polícia política durante uma prisão. Outros relatos dão conta de abusos contra manifestantes do movimento 11 de julho presos pelo regime.
Organizações da sociedade civil cubana estimam que mais de 150 casos de ameaças de abuso sexual foram reportados por pessoas detidas durante os protestos. No entanto, devido à falta de transparência do governo, os números reais tendem a ser maiores.
As denúncias expõem uma realidade de violação dos direitos humanos dentro do sistema cubano, onde os dissidentes são alvo constante de perseguição, prisões arbitrárias, tortura e outros abusos com o objetivo de sufocar qualquer oposição política.
Morales, que atualmente reside em Holguín, continua sendo assediado pela Segurança do Estado por sua postura contrária ao governo cubano. Ele e sua mãe já foram detidos e reprimidos violentamente em manifestações de rua.
O relatado pelo ex-prisioneiro politico é mais uma grave acusação contra o desrespeito às liberdades individuais e de expressão em Cuba. Revela que prisões políticas são utilizadas como espaços de punição e humilhação, recorrendo até mesmo à violência sexual, o que fere qualquer padrão ético.
Casos como o de Morales expõem a necessidade de uma profunda reforma do sistema judicial e prisional cubano, com mais transparência e mecanismos de fiscalização para coibir abusos. Enquanto violações de direitos humanos continuarem ocorrendo impunemente, persistirá um clima de medo e opressão política na ilha.
AR News
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