Díaz-Canel participa pela primeira vez de reunião do BRICS
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, chegou na terça-feira, 23 de agosto de 2023, à África do Sul para participar da XV Cúpula do grupo BRICS de economias emergentes, que ocorre em Joanesburgo entre quarta e quinta-feira. Díaz-Canel foi convidado para o evento na qualidade de presidente do G77+China.
Bem-vindo ao governante cubano e sua delegação na África do Sul |
Esta é a primeira vez que o líder cubano participa de uma reunião do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Díaz-Canel planeja discursar na reunião de quinta-feira, da qual participarão delegações governamentais de outros países convidados. O presidente cubano afirmou que este será um espaço para defender a promoção de uma coordenação efetiva entre o BRICS e o G77+China para defender as reivindicações dos países do Sul Global.
Na comitiva de Díaz-Canel estavam o chanceler cubano Bruno Rodríguez, o ministro da Saúde Pública José Ángel Portal Miranda e a vice-ministra do Comércio Exterior Ana Teresita González Fraga, entre outras autoridades. O grupo viajou no avião venezuelano alugado por Cuba.
Antes da cúpula, na quarta-feira, Díaz-Canel participará de um ato de solidariedade com Cuba, com a presença de sul-africanos formados em Cuba, profissionais cubanos atuando na África do Sul e representantes políticos locais. Após a permanência na África do Sul, o governante cubano seguirá para visitas oficiais a Moçambique e Namíbia.
Na abertura da cúpula BRICS na terça-feira, os líderes do grupo destacaram o poderio econômico do bloco e pediram maior integração entre seus membros. O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, anfitrião do evento, afirmou que nos últimos 10 anos as mudanças ocorridas nas economias do BRICS contribuíram para transformar a economia global.
Juntos, os países do BRICS representam 25% da economia mundial, 20% do comércio global e abrigam mais de 40% da população mundial, ressaltou Ramaphosa.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de uma moeda de referência para o comércio dentro do BRICS, como parte de uma maior integração financeira entre os países emergentes. Lula também destacou o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2015, como líder no financiamento de projetos que atendam aos desafios globais.
O presidente russo Vladimir Putin, que participou por videoconferência devido às restrições de viagem contra ele, afirmou que os BRICS superam o Grupo dos Sete (G7) em paridade do poder de compra. Putin também falou sobre a diminuição da dependência do dólar nas transações entre os países do bloco, o que chamou de “desdolarização”.
O presidente chinês Xi Jinping, ausente sem explicação oficial, defendeu em mensagem lida por seu ministro do Comércio a expansão do BRICS por meio de um modelo “BRICS Plus”. Cerca de 40 países já manifestaram interesse em ingressar no grupo. Os BRICS buscam mais peso nas instituições financeiras internacionais, até então dominadas por Estados Unidos e Europa.
O primeiro-ministro indiano Narendra Modi participou do evento destacando a força econômica de seu país no BRICS e previu que a Índia será o motor do crescimento global.
O BRICS foi formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia e China em 2006, com a entrada da África do Sul em 2010. O bloco representa 42% da população mundial, 30% do território global, 23% do PIB mundial e 18% do comércio internacional.
Em resumo, a cúpula BRICS deste ano ocorre em um contexto de transição na economia global, com os países emergentes buscando maior integração e peso internacional. O Brasil defendeu propostas concretas como uma moeda única de referência e a Rússia falou da diminuição da dependência do dólar. A China advogou a expansão do BRICS para incluir outros países em desenvolvimento. Caberá aos líderes do bloco encontrar pontos de consenso e traçar os rumos futuros dessa parceria estratégica entre potências emergentes.
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