Conjunto de fatores - medicinais, socioculturais e de marketing - ajuda a explicar o crescimento do uso de maconha entre os idosos nos EUA.
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Efeitos da maconha em idosos preocupam profissionais de saúde
Dados da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde mostram que o uso de maconha entre pessoas com 65 anos ou mais triplicou nos EUA desde 2009, chegando a 32% em 2019. Em 2021, esse número subiu para 35%. O maior crescimento se dá na faixa entre 60 e 64 anos, com mais da metade relatando já ter usado maconha.
Especialistas apontam alguns motivos para esse aumento. A legalização em diversos estados diminuiu o estigma associado à cannabis recreativa. Além disso, o marketing posiciona a maconha como tratamento terapêutico para dores e outros problemas de saúde, o que atrai usuários mais velhos.
Apesar disso, evidências científicas sobre os benefícios médicos da cannabis ainda são limitadas. Cerca de 5% dos idosos usam maconha mensalmente, bem menos que os jovens adultos. Muitos experimentaram quando jovens e voltaram a usar após a aposentadoria.
Especialistas alertam que idosos devem ter cautela, pois interações com medicamentos e condições pré-existentes podem exacerbar efeitos intoxicantes. Comestíveis com maconha carregam riscos ainda maiores de overdose.
Legalização impulsiona adesão de idosos à cannabis nos EUA
O uso entre gerações mais velhas como a silenciosa ainda encontra resistência. Mas a tendência é de normalização da cannabis recreativa conforme os baby boomers envelhecem. Pesquisas para entendimento de questões específicas dos idosos são necessárias diante desse quadro.
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O uso de maconha por idosos pode apresentar alguns riscos e efeitos colaterais, como:
- Quedas e fraturas: a maconha pode afetar o equilíbrio, a coordenação motora e a cognição, aumentando o risco de quedas e fraturas em idosos.
- Interações medicamentosas: a maconha pode interagir com medicamentos comuns em idosos, como anticoagulantes, anti-hipertensivos e antidepressivos. Isso pode diminuir ou aumentar os efeitos desses remédios.
- Arritmias cardíacas: a maconha pode induzir arritmias cardíacas, que são particularmente perigosas em idosos com doenças cardiovasculares.
- Comprometimento cognitivo: o THC pode piorar déficits cognitivos existentes em idosos, afetando memória, atenção e função executiva.
- Bronquite crônica: a maconha fumada pode levar ao desenvolvimento de bronquite crônica em idosos.
- Psicose e ansiedade: doses altas de maconha podem desencadear psicoses, paranoia e crises de ansiedade em idosos vulneráveis.
- Overdose: comestíveis com THC apresentam risco de overdose em idosos, podendo levar à hospitalização.
- Dependência: idosos podem desenvolver dependência da maconha mais facilmente que adultos jovens.
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AR News
O aumento do uso de maconha entre a população idosa nos Estados Unidos pode ter algumas consequências negativas, como:
- Aumento do tráfico e mercado negro: como a maconha ainda é ilegal em nível federal, o crescimento da demanda por idosos pode alimentar o tráfico e mercados ilícitos, principalmente em estados onde o uso recreativo não é legalizado.
- Violência associada ao tráfico: o tráfico e disputas territoriais entre facções podem gerar mais violência armada nas comunidades. Os idosos podem se tornar vítimas diretas ou indiretas dessa violência.
- Risco de crimes: idosos sob efeito da cannabis têm maior risco de sofrer furtos, roubos e golpes, por terem a percepção e discernimento reduzidos.
- Acidentes de trânsito: motoristas idosos podem causar mais acidentes ao dirigir intoxicados pela maconha, colocando a si e aos outros em perigo.
- Contatos com a criminalidade: para obter maconha ilegal, idosos precisam recorrer ao crime organizado, expondo-se a ambientes de risco e pessoas perigosas.
- Superencarceramento: prisões continuarão lotadas de pequenos traficantes e usuários, sob leis desatualizadas sobre a cannabis.
Por conseguinte, é importante que os governos avaliem com responsabilidade os impactos socioeconômicos e criminais da legalização, visando proteger a população idosa dos perigos associados ao narcotráfico.
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